“Pegue
madeira boa e construa para você uma grande barca. Faça divisões nela e tape
todos os buracos com piche, por dentro e por fora.” (Gêneses 6:14).
Essa citação bíblica nos permite saber que a origem do petróleo é mais
remota do que imaginamos, já que, o piche é uma substância originada a partir
da evaporação natural do petróleo. Os povos antigos e medievais faziam pouco
uso deste combustível fóssil usando-o no tratamento de doenças, no embalsamento
de múmias, em guerras, na iluminação, entre outras aplicações.
Foi no início do século XIX que o petróleo atingiu um nível industrial,
com a produção do óleo de iluminação a partir do combustível, o que originou o
primeiro magnata da história do petróleo, o austríaco José Hecker. Porém, a
lâmpada criada por Hecker, apresentava certas falhas que foram superadas quando
o farmacêutico Josef Lukasiewicz se propôs a criar uma lâmpada melhor, também a
partir do petróleo. O sucesso da sua lâmpada criada em 1852 foi tão grande que
esta se tornou o produto que influenciou o consumo em larga escala do petróleo
em toda a Europa, já que ele era mais barato e consumia menos combustível.
Com as revoluções industriais houve a evolução do maquinário que exigia
dos donos de indústrias lubrificantes mais eficientes do que o azeite que era
usado. Estudiosos concluíram que a melhor opção era o petróleo. A busca pelo
lubrificante levou à obtenção de querosene a partir do carvão betuminoso.
Porém foi somente em 1855 que o americano Benjamin Silliman, depois de
vários estudos, submeteu o petróleo a aquecimento e verificou que este se
dividia em diversos subprodutos, dois dos quais ainda não eram conhecidos na
época, mas que futuramente seriam produtos de alto valor econômico. Um era a
gasolina, produto muito leve e facilmente inflamável que aos poucos se tornava
popular. O outro era a nafta, produto mais pesado, menos inflamável, mas também
com grande capacidade energética.
A gasolina foi usada primeiramente como combustível trinta anos depois pelo alemão Gottlied
Daimler em um motor que o mesmo tinha inventado. Já a nafta, foi posteriormente
usada por outro alemão, Rudolf Diesel, que faria o mesmo com esse produto, mas
num tipo diferente de máquina a combustão interna, que atualmente é conhecido
como motor diesel.
Com essas e outras descobertas, como, por exemplo, a do escocês John
Loudon McAdam – que pôs em prática suas teorias sobre pavimentação com piche ou
asfalto – o petróleo tornou-se inteiramente aproveitável, e passou a ser
procurado com maior frequência em diversas regiões do mundo, como na Rússia, na
Romênia, no Oriente Médio e na Venezuela. Mas foi nos Estados Unidos que a
busca do petróleo assumiu grandes proporções. E como a maior parte das usinas era
estadunidense e estas também eram as mais ricas, o país logo se tornou o
primeiro produtor mundial.
O petróleo também foi descoberto durante a colonização por acaso. Os
colonos procuravam sal e em vez disso encontravam petróleo, porém ainda não
tinham noção de como usá-lo e o deixava, após muito trabalho cavando poços,
para ir cavar em outro lugar.
Samuel Kier foi o primeiro homem a explorar o petróleo na Pensilvânia,
Estados Unidos, pois possuía muitos prejuízos com seus poços de sal inundados
do óleo escuro. Passou a utilizar o petróleo, visto somente como prejuízo, e o
tratou, fazendo do líquido malcheiroso derivado para uso medicinal e compensar
seus prejuízos.
Kier alavancou o uso do petróleo e este se tornou muito procurado, porém
a procura do petróleo era sem técnica e a ordem era cavar poços até acontecer
exsudações, método que, apesar de suas precariedades, se conseguiam grandes
depósitos petrolíferos.
A ciência avançou e junto com ela os técnicos da área arranjaram novas
formas para modernizar a extração do petróleo, alguns sem êxito, outros muitos
pensativos, tendo ideias revolucionárias e sendo chamados de “loucos”. Entretanto
são essas ideias, algumas inventadas por Edwin Drake, que o desenvolvimento de
técnicas de perfuração de poços aconteceu, dando aos EUA novas técnicas as
quais permitiram que o país fosse buscar petróleo no interior da terra, em vez
de esperar que ele aflorasse à superfície.
A divulgação de novos métodos tornou-se mais difundidos e a produção
americana desenvolveu-se. A industrialização do petróleo chegou e junto a ela a
concorrência, refinarias se instalaram, grandes empresas enriqueceram visando
levar o petróleo ao consumo cotidiano, transformando-o em derivados como
querosene, parafina, lubrificante e gasolina. Até então a concorrência era
entre as empresas dos EUA, como a organização de John Davison, a chamada
Standard Oil Company, as organizações Texas Oil Company e Gulf Oil Corporation
que disputavam sem conseguir superar o domínio de vendas mundial da empresa de
Rockfeller na época.
A cada dia, a concorrência, a busca pelo antigo óleo escuro continua e a
industrialização avança transformando o que conhecemos hoje em passado e
fazendo do petróleo, um dos produtos mais utilizados e extraídos do mundo.
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