Na Itália, durante
a Segunda Guerra Mundial,
Guido, um judeu,
é mandado para um campo de concentração,
juntamente com seu filho, o pequeno Giosuè. Guido é um homem simples,
inteligente, espirituoso e possui um grande humor.
Afastado da mulher, tem
que usar sua imaginação para fazer seu pequeno filho acreditar que estão
participando de uma grande brincadeira, com o intuito de protegê-lo do terror e
da violência que os cercam.
Nessa comédia dramática
Guido conta para seu filho que quem conseguisse mais pontos ganharia um tanque
de guerra. E nesse tom triste a qualquer um, porém com o toque irônico e
divertido que Giosuè passa a acreditar que tudo dentro do campo é uma grande
brincadeira e de forma engenhosa, e com o auxílio dos outros prisioneiros,
convence o garoto que estão num campo de férias a jogar um longo e emocionante
jogo. Guido consegue transformar cada momento de humilhação, repressão e
violência em hábeis situações do suposto jogo em que o garoto vai participando
divertido.
Podemos perceber dois
sentidos: realidade e fantasia. O real e o inventado por Guido. O personagem,
apaixonado pela vida, cria um ambiente de flores onde só tem guerra, para
proteger seu filho.
A realidade era que Guido estava vivenciando momentos de horror dessa guerra e era obrigado a servir trabalhos forçados e nas cenas violentas que eram obrigados a assistir.
A realidade era que Guido estava vivenciando momentos de horror dessa guerra e era obrigado a servir trabalhos forçados e nas cenas violentas que eram obrigados a assistir.
Assim devemos sempre
lutar para que a realidade, por mais dura que se apresente, seja encarada de
forma a estarmos vencendo este que pode ser um jogo da vida. O mais importante
é dar um sentido à vida, pois a vida é bela quando a damos valor.
"A Vida é
Bela" foi um dos mais estrondosos sucessos do cinema italiano dos últimos anos,
que comoveu e divertiu o mundo com uma incrível história dramática contada em
tom de fábula cómica sobre o Holocausto.
Apesar da polémica que
suscitou ao abordar em tom de farsa a tragédia do genocídio dos judeus às mãos
do Fascismo, Benigni conseguiu o prodígio de criar momentos delirantes de
contagiante humor sem nunca perder quer o tom de fábula amarga quer a evocação
brutal do Holocausto, em toda a sua extensão de perversidade sanguinária.
A Vida é Bela é
uma comédia e por isso desperta fúria e comoção. Não que a metáfora não sirva
para amplas discussões: Guido chama as ações nos campos de concentração de
gincana onde os judeus que seguirem as regras - esconderem-se, manterem-se em
silêncio e não pedirem por comida - ganham pontos e concorrem a um tanque de
guerra.
O filme consegue ser uma
fábula humanista sem propósitos políticos, nem objetivo de deturpar a história.
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