domingo, 20 de setembro de 2015

A Evolução do Linux



Linux é um sistema operacional de código aberto e gratuito. Seu núcleo (Kernel) foi lançado por Linus Torvalds em 1991. Atualmente, segundo o site DistroWatch, existem 321 distribuições do Linux.
No Brasil, diversos computadores já podem ser comprados com versões do Linux e seu uso cresce a cada dia. No entanto, esse sucesso teve um começo revolucionário.
Em meados da década de 1980, os sistemas operacionais tinham uma origem comum: o UNIX (Uniplexed Information and Computing System), um sistema operacional criado, em 1970, por pesquisadores do Bell Labs, incluindo Ken Thompson, Dennis Ritchie, Brian Kernighan, Douglas McIlroy e Joe Ossanna. O UNIX foi usado como base para a criação dos sistemas operacionais da Microsoft e da Apple, por exemplo. As principais características desse sistema eram o suporte a multitarefa e multiusuários.
Diversas empresas licenciaram o UNIX para servir de base para seus sistemas operacionais. No entanto, em 1983, Richard Stallman começou o projeto GNU (acrônimo para “Gnu is Not Unix”), com o objetivo de construir um sistema operacional parecido com o UNIX e gratuito. Sua contribuição mais famosa é a licença GPL (GNU General Public License), a mais usada para a divulgação de software livre. A licença permite a distribuição, cópia e alteração do software, desde que os produtos derivados também sejam distribuídos com a licença GPL.
Em 1990, o projeto GNU já possuía praticamente todo o código fonte para um sistema operacional completo. No entanto, seu núcleo, chamado Hurd, não atraia a atenção dos desenvolvedores, deixando o desenvolvimento incompleto.
Em 1986, no entanto, Maurice J. Bach, do Bell Labs, publicou o livro intitulado The Design of the UNIX Operation System (O projeto do sistema operacional UNIX, em tradução livre). Esse livro foi à descrição definitiva do sistema UNIX na época e norteou a criação dos sistemas que o seguiram.
Em 1987, Andrew S. Tanembaum criou o MINIX, um sistema operacional baseado no UNIX e focado no uso acadêmico. Embora o código do MINIX estivesse disponível, modificações e redistribuições eram restritas. Além disso, a arquitetura de 16 bits do sistema operacional não se adaptava bem às características dos processadores da família 386 da Intel, que ficavam cada vez mais baratos e populares. Esses fatores e a falta de um kernel gratuito e largamente adotado fizeram com que o jovem Linus Torvalds começasse seu projeto. Segundo Torvalds, ele nunca teria feito seu kernel se outros estivessem disponíveis na época.

O início de tudo

Em 1991, na cidade finlandesa de Helsinki, Linus começou o projeto que se tornaria o núcleo do sistema Linux. Inicialmente, o projeto visava criar um emulador de terminal, que permitiria Linus acessar os servidores UNIX da universidade. Ele escreveu o programa especificamente para o seu computador e sem usar um sistema operacional específico, pois desejava usar todas as funções do seu novo computador, com processador 80386 da Intel.
O desenvolvimento se baseou no MINIX. Como Linus Torvalds escreveu em seu livro "Just For Fun: The Story of an Accidental Revolutionary" (Apenas por Diversão: A história de um Revolucionário Acidental, em tradução livre), ele eventualmente percebeu que tinha construído um sistema operacional. Em 25 de agosto de 1991, Linus anunciou seu sistema através de uma mensagem para o grupo de notícias “comp.os.minix”, da rede Usenet.

Instalação complexa

Diferentemente dos sistemas comerciais, que vinham nos computadores prontos para serem usados, a instalação do sistema operacional de Linus Torvalds era complexa. O sistema vinha em disquetes de 5,25 polegadas, usados para executar o Linux. Para instalá-lo em um disco rígido, o usuário precisava de um editor hexadecimal para inserir as primeiras instruções diretamente na MBR (Master Boot Record) do disco. Essa não era uma tarefa para qualquer programador e, por isso, começaram a surgir as primeiras instruções, feitas por Erik Ratcliffe, as quais chama-se, hoje, de tutoriais (HOWTO).
Linus Torvalds
Em 1992, Andrew S. Tanenbaum, cientista da computação reconhecido e autor do sistema Minix, escreveu um artigo para o mesmo grupo de notícias que Linux havia anunciado o Linux. Seu artigo, intitulado de “Linux is obsolete” (Linux está obsoleto), marcava o começo de um famoso debate sobre a estrutura do recente Linux.
As principais críticas envolviam a estrutura monolítica do kernel, que previa a inclusão de todos os drivers no próprio kernel e gerava baixa compatibilidade com hardwares diferentes. Essa característica foi modificada e, atualmente, o kernel do Linux é modular, permitindo a inclusão de drivers sob demanda, sem precisar reiniciar o sistema. A baixa compatibilidade era fruto, também, do código para as funcionalidades do processador Intel 386, que não eram genéricos, forçando o uso deste processador.
Outras críticas, no entanto, se mostraram equivocadas, sobretudo com relação ao sistema ser multitarefa e ao modelo de desenvolvimento livre do Linux. Observando hoje, as predições de Tanenbaum sobre o Linux ser abandonado em poucos anos e substituído pelo GNU Hurd provaram-se incorretas. Contudo, seus questionamentos foram importantes, pois permitiram a evolução no sistema, fazendo com que fosse portado para todas as principais plataformas, bem como seu modelo de desenvolvimento aberto se tornasse um exemplo a ser seguido.

A primeira distribuição Linux

Em 1992, a primeira distribuição do Linux foi montada por Owen Le Blanc, do centro de computação de Manchester, e ficou conhecida como MCC Interim Linux. Era uma coleção de disquetes que, uma vez instalados no seu sistema, ofereciam um ambiente básico do UNIX, em terminal. Algum tempo depois, a primeira distribuição a possuir interface gráfica foi lançada pela universidade A&M do Texas. Chamada de TAMU-1.0A, o uso da interface gráfica era inicial e as configurações usadas faziam com que uma fumaça saísse do monitor, em alguns casos. Ambas essas distribuições foram desenvolvidas para uso interno das universidades.
A primeira distribuição comercial do Linux foi a Yggdrasil. Por comercial, entende-se que tinha o público em geral como seu usuário. Lançada em dezembro de 1992 por uma empresa de Berkeley, na Califórnia, a Yggdrasil foi a primeira distribuição a trazer o conceito de Live CD, o qual permite utilizar o sistema diretamente do CD-ROM distribuído, sem a necessidade de instalá-lo no disco rígido. A distribuição era anunciada como “Plug and Play” (conecte e jogue), uma vez que ela detectava o hardware do usuário e se configurava usá-lo automaticamente.
Em maio de 1992, a Softland Linux System (SLS) foi lançada por Peter Mac Donald. Essa foi a primeira distribuição Linux largamente reconhecida e usada. Foi o primeiro grande avanço para a adoção do Linux e chegou a dominar o mercado até que seus desenvolvedores tomaram a decisão de mudar o formato dos arquivos executáveis. Essa mudança não foi bem recebida pelos usuários e, na mesma época, Patrick Volkerding adaptou, modificou e ajustou a distribuição SLS, criando uma nova, que ele chamou de Slackware. Com as direções tomadas pela SLS, o Slackware rapidamente a substituiu e se tornou a distribuição dominante. Ainda hoje, o Slackware é usado.

A chegada do SuSE e outras distros famosas

Toda essa história da criação e crescimento do Linux ocorreu em apenas três anos. Nesses dias, a velocidade de mudanças foi inacreditável. Entre 1991 e 1995, diversas distribuições surgiram e se foram. Alguns nomes conhecidos atualmente, como Red Hat, Debian, TurboLinux e SuSE se tornavam populares. Com as novas interfaces gráficas desenvolvidas, como o Gnome e o KDE, as distribuições de Linux chegaram até mesmo a usuários comuns. Desde então, o Linux atrai mais e mais usuários oferecendo sistemas operacionais gratuitos, eficientes e completos.
Em 1996, Linus Torvalds anunciou que o Linux tinha um mascote, um pinguim. A escolha deu-se por uma menção de Linus ao pinguim da espécie Little Penguim, vista por Linus em uma visita ao National Zoo & Aquarium, em Camberra, na Austrália. Larry Ewing esboçou os primeiros rascunhos do mascote que conhecemos hoje. O nome do mascote foi sugerido por James Hughes, como uma derivação de Torvalds’ UniX (TUX).

O Linux hoje

Desde o começo da década de 1990, quando o Linux foi lançado e as primeiras distribuições começaram a ser construídas, muito trabalho foi feito para que chegássemos hoje às 321 distribuições monitoradas pelo DistroWatch.
Como vimos, o sistema é feito com mais do que marcas famosas como Mint, Ubuntu e Fedora, que hoje dominam o mercado de distribuições Linux. O Linux possui um fator psicológico e revolucionário que visa promover a liberdade e o compartilhamento de conhecimento entre as pessoas.
Hoje o Linux é um dos sistemas operacionais mais conhecidos da atualidade e conta com uma série de distribuições mundo afora. Mas você sabe como tudo começou?

Quem foi Linus Torvalds?

Linus Torvalds nasceu em 28 de dezembro de 1969 em Helsinki na Finlândia e sua família era uma das poucas cuja linguagem adotada como principal era o Sueco ao invés do Finlandês. Embora fosse filho de jornalistas, Linus começou a demonstrar seu interesse pelo “mundo geek” cedo, obtendo sempre grande destaque em campos como a Matemática e Física.
Em 1988, Linus ingressou na Universidade de Helsinki no curso de Ciências da Computação. Após montar um computador no qual passou a adotar o Minix (um sistema operacional baseado no Unix, porém gratuito). Devido a observar as dificuldades deste sistema (especialmente com relação ao uso de terminal para conexão), Linus resolveu criar um programa para a emulação de terminal que funcionasse independente do Minix.
Como o programa de emulação mostrou-se mais satisfatório do que o esperado, Linus começou a pensar que outras carências do Minix poderiam ser supridas. É nesse ponto que a história principal deste artigo começa.
Em 1993, Linux conheceu Tove Monni, uma estudante que mandou um email convidando-o para um encontro. Posteriormente, eles se casaram e tiveram três filhas. Em 1997, mudou-se com sua família para a Califórnia quando aceitou uma posição na empresa Transmeta na qual permaneceu até junho de 2003.
Ainda em 2003 Linus começou a trabalhar em conjunto com a Open Source Development Labs (OSDL), um consórcio criado para promover o desenvolvimento do Linux, para concentrar-se exclusivamente neste kernel.

As origens: por que o Linux foi sequer pensado?

Em 1991, com relação aos sistemas operacionais, você tinha poucas escolhas. O DOS exercia sua soberania absoluta com relação aos computadores pessoais, até por uma questão de falta de escolha. Por mais que os Macs existissem seus preços eram astronômicos, fato que tornava quase impossível a aquisição de um deles para um usuário final.
Além deles, havia o Unix que certamente era ainda mais caro do que um Mac e adotado quase exclusivamente por grandes empresas. Nessa altura, o código do Unix, que uma vez foi utilizado como material de estudo em universidades, já se encontrava proprietário e não mais para conhecimento público.
Nesse clima, um professor holandês chamado Andrew S. Tanenbaum criou um sistema operacional baseado no Unix, o Minix. Montado para funcionar com a linha de processadores Intel 8086. Como primariamente, o Minix tinha objetivos acadêmicos (o ensino do funcionamento de um SO em universidades), ele estava longe de resolver todos os problemas de um usuário final, porém seu código-fonte era disponibilizado por Tanenbaum.
Nesse ponto da história, o estudante Linus Torvalds, frustrado com as carências do Minix começou a idealizar como seria bom ter um SO que, além de gratuito, pudesse efetuar tarefas como emulação de terminal e transferência e armazenamento de arquivos. Então, em 25 de agosto de 1991, Linus anunciou por meio de um email na Usenet (a Unix User Network) que estava desenvolvendo um sistema operacional.
O famoso email relata que ele estava criando um sistema operacional desde abril do mesmo ano, porém que não intencionava torná-lo uma coisa realmente grande e profissional como o GNU (SO de código aberto baseado no Unix), sendo mais um hobby. Ele pedia sugestões e críticas, porém dizia que talvez sequer chegasse a programar-lo de fato.
Linus pretendia chamar sua criação de “Freax”, porém trocou para Linux ao aceitar esta sugestão de um de seus amigos.

E nasce o novo sistema

Na mesma época (1991), estudantes do mundo todo que se interessavam por informática, e compartilhavam os ideais de que os programas deveriam ser livres para o uso e melhoria por todos, foram inspirados por Richard Stallman e seu projeto GNU (acrônimo recursivo para GNU is not Unix). O projeto de Stallman, em poucas palavras, era um movimento que visava a fornecer software livre com qualidade.
Ainda neste ano, o projeto GNU havia criado uma série de ferramentas úteis para programadores e estudantes, porém seu sistema operacional propriamente dito ainda precisava de um kernel. Este núcleo, batizado de GNU HURD ainda estava em fase de criação e seu lançamento previsto para alguns anos.
Foi então que Linus libertou a primeira versão de seu sistema, o Linux versão 0.01 em setembro de 1991. Ao contrário do que muitos devem estar pensando, Linus recebeu críticas pesadas de grandes nomes da computação na época, como Tanenbaum, que inclusive citou que se Linus fosse seu aluno não receberia uma boa nota por aquele sistema tão mal arquitetado.
Entretanto, Linus continuou seu trabalho e agora contava com um grande número de colaboradores interessados para auxiliá-lo. Em um próximo passo e utilizando uma ampla gama das ferramentas do GNU (inclusive o próprio sistema de Stallman), o Linux iniciou sua ascensão, licenciado pela GPL (GNU Public License), para garantir que continuasse livre para cópia, estudo e alteração.
Com isso, não demorou para que algumas empresas como Red Hat e Caldera compilassem versões do programa (com fins comerciais) e fizessem alterações para deixá-lo mais parecido com o que os usuários estavam acostumados. Entretanto, programadores voluntários mantiveram distribuições gratuitas, como a famosa Debian.
Então, já contando com uma interface gráfica e uma série de melhorias ocorrendo em paralelo, às distribuições do Linux começaram a tornar-se cada vez mais populares entre os usuários.

De um hobby para um sistema poderoso: quase duas décadas de Linux

Como quase todas as previsões de grandes catástrofes apocalípticas costumam estar erradas, não foi diferente com o Linux. Hoje, com quase duas décadas, ele continua sendo um dos sistemas operacionais com o crescimento mais rápido da história. Sem dúvidas, o melhor aspecto deste sistema é que sempre que um novo hardware é criado, há um programador disposto a adaptar o Linux para oferecer compatibilidade.
Com o aumento do suporte para o SO, grandes empresas perderam o receio e passaram a utilizar o Linux em suas máquina. Da mesma forma, com as interfaces gráficas, diversos usuários passaram a adotá-lo por tratar-se de um sistema de qualidade e gratuito.

Tux: o queridinho dos usuários

Há diversas histórias sobre o motivo de ser um pinguim o mascote do Linux. O fato é que no início de 1996 vários colaboradores conversavam sobre um logotipo ou mascote para o sistema na lista de emails do kernel. Após várias sugestões, Linus mencionou de forma descomprometida que gostava de pinguins.
A frase imediatamente finalizou qualquer outro debate sobre o assunto e começaram, então, os esforços para montar o desenho. O nome, a princípio veio da junção (T)orvalds e (U)ni(X), embora muitas pessoas tenham achado que era uma abreviação para “Tuxedo” (terno) por ser “a vestimenta” de um pinguim.

Em 1991 Linus lançou a primeira versão oficial do Linux que desde então passou a “pertencer” a todos. Ao contrário de Bill Gates, Linus não virou um bilionário e continua uma pessoa acessível e presente na comunidade de programadores, embora tenha seu nome e obra conhecidos mundialmente.

Um breve histórico

O Linux surgiu idealizado pelo Linus Torvalds, um estudante computação da Finlândia, que desejava possuir um sistema operacional que pudesse estudar e até fazer a suas implementações, mas, via os sistemas operacionais proprietários muitas vezes com preços proibitivos que impossibilitavam muitos de possuírem, principalmente aqueles que o desejassem aprofundar no seu conhecimento. No dia 25 de agosto de 1991 foi o início de tudo, quando Linus Torvalds divulgou no newsgroupcomp.os.minix que estava desenvolvendo como hobby um sistema operacional livre para computadores AT-386. Este poderia ter sido mais um projeto de qualquer estudante ou desenvolvedor, mas, graças à internet e de milhares de pessoas dispostas a auxiliar Linus em sua tarefa, dias depois foi disponibilizada uma versão 0.01, que para todos os efeitos pelo próprio número era muito limitado. Nos seus primórdios, o Linux mal podia ser chamado de sistema operacional. O que realmente existia eram alguns drives de dispositivos e um suporte rudimentar a discos rígidos. Linhas de código embrionárias rodavam contornando MS-DOS do 386, mas precisavam do mesmo MS-Dos para as demais funções, incluindo a inicialização da máquina. Mas o objetivo de Linus era fazer um sistema mais estável e modular que o Dos, que pudesse ser melhorado por qualquer um, independente de um fornecedor comercial.O dia 5 de janeiro de 1992 marca o lançamento do Kernel 0.12, e Torvalds autoriza o uso comercial do Linux. Era um embrião de licença livre, mas ainda muito restritiva se comparada à GPL. Já no fim de 1992 já existiam os primeiros conceitos de distribuição Linux: pacotes contendo Kernel e aplicativos diversos que formariam o kit de instalação e utilização. Ainda nada profissionais, pois, eram uns monstrengos que eram baixados da internet e gravados em disquetes. O inicio da profissionalização teve como o marco uma outra distribuição realizada pela Yggdrasil, que disponibilizou em CD-Rom e determinou praticamente todos os padrões subsequentes. Em 16 de abril de 1994 o kernel chega à versão 1.0, que pelo próprio nome sugere estava pronto. Quatro meses depois surge o Red Hat, uma distribuição que usou um conceito moderno aceito até hoje, um sistema GNU/Linux em CD-Rom, com várias aplicações de escritórios a de servidores específicos e manuais de instalação e utilização. O surgimento do Red Hat é uma referência para o Linux, pois dele surgiram.

Introdução

 

A humanidade tem aperfeiçoado suas ferramentas através dos avanços tecnológicos ao passar dos anos.
Por conta da complexidade relacionada à operação de um computador, muitas vezes, por cientistas extremamente capacitados para designar tarefas triviais, que geralmente, resultavam em simples operações, foram necessárias sérias mudanças no cenário tecnológico para que estas tarefas fossem otimizadas.
Com o advento do BASIC (Beginner's All Purpose Symbolic Instruction Code, ou em português: Código de Instruções Simbólicas de Uso Geral para Principiantes), em meados de 1960 e 1970, uma linguagem de alto nível, criada visando os principiantes que tinham interesse em expandir a capacidade dos computadores e o conhecimento tecnocientífico, a tecnologia caminhou com o intuito de transformar computadores primários em dispositivos programáveis, capazes de obedecer a determinados comandos e emitir alguns resultados.
Na década de 1980, pode-se relatar um grande avanço no desenvolvimento de sistemas com o objetivo de, resumidamente, gerenciar as operações nos computadores.
Dentre os coparticipantes deste avanço, destacam-se Ken Thompson e Dennis Ritchie (pesquisadores da Bell Labs), que desenvolveram a primeira versão do UNIX (em linguagem C), já com suporte multitarefa.
Cita-se também, o lançamento do projeto GNU por Richard Stallman, cientista do MIT, que tinha a pretensão de criar um SO do tipo Unix gratuito.
Em seguida, tem-se o desenvolvimento do Minix (por Andrew Tannenbaum), Sistema Operacional didático baseado na API do UNIX.
Destacam-se estes eventos por terem servido de base para a criação do Linux, em 1991, por Linux Torvalds. Sistema operacional que viria a revolucionar a ideia de Software Livre, atraindo milhares de simpatizantes que, posteriormente, aderiram à causa e à ideia de liberdade de softwares.

Evolução do Linux

 

Criado em meados de 1991, a ideia era apenas um projeto paralelo feito em casa, para fins recreativos por Linus Torvalds, e hoje é o sistema operacional livre mais famoso do mundo, mas mesmo assim vem perdendo mercado em desktop, pois muitas pessoas ouve história de que “Linux é difícil de usar” e tal, mas nem sequer tentou usar, mas enfim aqui vou mostrar que você pode estar usando o Linux e nem sequer tem conta disso então vamos lá.

Grandes servidores

Serviços que você utiliza todos os dias, como Google e Facebook têm Linux rodando em seus servidores para armazenar muito conteúdo. Todos os serviços de web da Google, como Docs, Agenda e Calendário, ficam hospedados em máquinas com o sistema operacional do pinguim.

 

Sistemas de controle de tráfego aéreo


Para que as pessoas viajem em segurança de uma parte a outra do mundo, há a necessidade de controle de tráfego aéreo. A maioria das máquinas operadas pelos controladores de voo usa Linux para garantir que o avião que carrega você de um ponto a outro decole e pouse em segurança.

Sistemas de alta tecnologia para controle de tráfego


Segundo o site LinuxforDevices.com, a cidade de San Francisco, uma das mais populosas dos Estados Unidos, usa um sistema de alta tecnologia para controle de tráfego terrestre. O município tem um trânsito caótico e é com Linux rodando em seus computadores que a prefeitura local pretende reduzir esse problema.

Android


O Android é o sistema operacional desenvolvido pela Google para dispositivos portáteis. Ele é um dos mais usados do gênero e cada vez mais novos aparelhos de grandes fabricantes são lançados com ele instalado. Pois se você ainda não sabia, agora é a hora: Android é desenvolvido tendo como base o Linux.

Trem de alta velocidade japonês


Outra ajuda que o Linux dá ao mundo dos transportes é funcionando nos computadores que operam o sistema de trens de alta velocidade no Japão. Sempre que nessas enormes e velozes máquinas de ferro embarcam passageiros e eles partem rumo ao seu destino, é o sistema criado por Linus Torvalds demonstrando a sua versatilidade.

Bolsa de Nova York


A Bolsa de Valores de Nova York também usa Linux. Desde 2007, o local que é o ponto nevrálgico do sistema financeiro estadunidense optou por instalar o sistema livre em suas máquinas. Os motivos são simples e claros: redução de custos (afinal, Linux é de graça e não se paga licença) e aumento de flexibilidade (não à toa o sistema é chamado de “livre”).

Supercomputadores


Outra informação recorrente no mundo do software livre é a preferência de desenvolvedores de supercomputadores pelo Linux. Estimativas apontam para cerca de 90% das supermáquinas existentes hoje rodando alguma variação de Linux. A explicação talvez seja a mais óbvia: o sistema livre é gratuito e flexível.

Carros inteligentes da Toyota


Recentemente, de acordo com o site LinuxInsider, a Toyota aderiu à Linux Foundation, a fundação criada em 2007 e que é responsável pela colaboração para aprimoramento do sistema. A justificativa, segundo o gerente geral de projetos da empresa Kenichi Murata, foi o fato de o sistema Linux possuir “a flexibilidade e a maturidade tecnológica” de que eles precisam para desenvolver veículos inteligentes.

Acelerador de partícula

A Cern, Organização Europeia para a Investigação Nuclear, maior laboratório de física de partículas do mundo e referência global no assunto, faz uso do sistema em suas pesquisas relacionadas a partículas de energia. O famoso acelerador de partículas do laboratório funciona com Linux.

Submarinos nucleares


A Lockheed Martin, maior produtora de produtos aeroespaciais para fins militares do mundo, apresentou, em 2004, a linha de submarinos nucleares BAEs Astute-class. O sistema central dessas máquinas subaquáticas possui a distribuição de Linux Red Hat instalada.

O Linux no Brasil, era visto como um sistema operacional voltado aos nerds, mas sem muitas esperanças dentro de empresas multinacionais como Telecom, bancos ou indústrias, isso devido à falta do suporte corporativo, onde em caso de problemas, era possível ligar ou culpar alguém.
Dai que em 2002-2003 surge o RedHat Advanced Edtion 2.1, uma distribuição paga (no caso você pagava o direito ao suporte e atualização do produto, isso vale até hoje que eu saiba), foi um marco para muitos que já trabalham com Linux, já sabíamos da sua capacidade e versatilidade, mas eram proibidos de serem instalados nos servidores devido a tão temida: Falta de Suporte.
Hoje eu chego mais rápido neste raciocínio: Se eu vendo um serviço com um SLA ao meu cliente, preciso ter o mesmo SLA ou melhor junto aos fornecedores da infraestrutura fornecida ao meu cliente, e isso não existia para sistemas operacionais Linux até a RedHat ter criado.
Vários projetos de instalação de ambientes Linux foram executados em paralelo com servidores Windows, Sun e IBM, servidores estes que dominavam os datacenters. Lembro-me da quantidade de freezers rodando Solaris, os servidores 10K e 15K em empresas de Telecom pelo Rio de Janeiro, se você não soubesse mexer em um Solaris, tinha o seu salário bem reduzido.
Dai começamos a instalar e configurar os servidores com RedHat Advanced Edition 2.1, depois de poucas horas e alguns CD`s, tínhamos um servidor Linux prontinho para testes. Logo era percebido a sua velocidade devido ao tempo do boot. A compilação de um HTTP Server Apache em um servidor Linux era no mínimo 2,5x mais rápida que em um servidor Solaris, incluindo SSL e outros módulos, isso sem falar na desempenho de ambientes JAVA. A BEA havia comprado o JDK Jrockit, versão essa que prometia ser 2x mais rápida que a fornecida pela SUN, mas que em ambiente Linux era até 4x mais rápidas.
Durantes alguns meses, nós tivemos ambientes duplicados com Sun Solaris e Linux, rodando servidores aplicacionais JAVA, já que muitos ainda desconfiavam da performance e do suporte em caso de problemas, mas logo essa desconfiança foi superada e os servidores Sun Solaris, como os Windows e os AIX foram substituídos por Linux, a cada compra de novos servidores nós já planejávamos a instalação de novos ambientes Linux e isso acontece até hoje, onde trabalho em um ambiente que possui mais de 70% dos seus servidores baseados em Linux, restando os 30% divididos entre Windows e Unix(Solaris,AIX e afins).
O crescimento quanto à utilização do Linux graças à iniciativa da RedHat gerou uma coisa muito importante no mercado de TI, confiança, confiança essa em produtos e serviços criados por comunidades, e que funcionam e é possível realizar alterações sem pedir permissão; o importante é criar, funcionar, poder alterar e compartilhar. Isso é opensource para mim.
Vários produtos e serviços são utilizados por empresas que trabalham com ambientes em missão críticas, seja Telecom, Bancos, NASA e hospitais. A Microsoft vem correndo atrás do prejuízo, e de anos e anos falando mal do mundo opensource, isso já até virou piada.
O custo de suporte de uma série de operações em TI foi reduzido em mais de 50% com a implementação de sistemas opensource e isso continua a crescer, veja o caso do Cloud Computing, onde grande parte das soluções oferecidas no mercado são suportadas em ambientes Linux, sem falar no Google que roda a quase 100% em Linux.
O Linux veio para ficar e só tende a crescer.


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