No Brasil, diversos
computadores já podem ser comprados com versões do Linux e seu uso cresce a
cada dia. No entanto, esse sucesso teve um começo revolucionário.
Em meados da década de 1980,
os sistemas operacionais tinham uma origem comum: o UNIX (Uniplexed Information
and Computing System), um sistema operacional criado, em 1970, por
pesquisadores do Bell Labs, incluindo Ken Thompson, Dennis Ritchie, Brian
Kernighan, Douglas McIlroy e Joe Ossanna. O UNIX foi usado como base para a
criação dos sistemas operacionais da Microsoft e da Apple, por exemplo. As
principais características desse sistema eram o suporte a multitarefa e
multiusuários.
Diversas empresas licenciaram
o UNIX para servir de base para seus sistemas operacionais. No entanto, em
1983, Richard Stallman começou o projeto GNU (acrônimo para “Gnu is Not Unix”),
com o objetivo de construir um sistema operacional parecido com o UNIX e
gratuito. Sua contribuição mais famosa é a licença GPL (GNU General Public
License), a mais usada para a divulgação de software livre. A licença permite a
distribuição, cópia e alteração do software, desde que os produtos derivados
também sejam distribuídos com a licença GPL.
Em 1990, o projeto GNU já possuía praticamente todo o código fonte para um sistema operacional completo. No entanto, seu núcleo, chamado Hurd, não atraia a atenção dos desenvolvedores, deixando o desenvolvimento incompleto.
Em 1990, o projeto GNU já possuía praticamente todo o código fonte para um sistema operacional completo. No entanto, seu núcleo, chamado Hurd, não atraia a atenção dos desenvolvedores, deixando o desenvolvimento incompleto.
Em 1986, no entanto, Maurice J. Bach, do Bell Labs,
publicou o livro intitulado The Design of the UNIX Operation System (O projeto
do sistema operacional UNIX, em tradução livre). Esse livro foi à descrição
definitiva do sistema UNIX na época e norteou a criação dos sistemas que o
seguiram.
Em 1987, Andrew S. Tanembaum
criou o MINIX, um sistema operacional baseado no UNIX e focado no uso
acadêmico. Embora o código do MINIX estivesse disponível, modificações e
redistribuições eram restritas. Além disso, a arquitetura de 16 bits do sistema
operacional não se adaptava bem às características dos processadores da família
386 da Intel, que ficavam cada vez mais baratos e populares. Esses fatores e a
falta de um kernel gratuito e largamente adotado fizeram com que o jovem Linus
Torvalds começasse seu projeto. Segundo Torvalds, ele nunca teria feito seu
kernel se outros estivessem disponíveis na época.
O início de tudo
Em 1991, na cidade finlandesa
de Helsinki, Linus começou o projeto que se tornaria o núcleo do sistema Linux.
Inicialmente, o projeto visava criar um emulador de terminal, que permitiria
Linus acessar os servidores UNIX da universidade. Ele escreveu o programa
especificamente para o seu computador e sem usar um sistema operacional
específico, pois desejava usar todas as funções do seu novo computador, com
processador 80386 da Intel.
O desenvolvimento se baseou no
MINIX. Como Linus Torvalds escreveu em seu livro "Just For Fun: The Story
of an Accidental Revolutionary" (Apenas por Diversão: A história de um
Revolucionário Acidental, em tradução livre), ele eventualmente percebeu que
tinha construído um sistema operacional. Em 25 de agosto de 1991, Linus
anunciou seu sistema através de uma mensagem para o grupo de notícias
“comp.os.minix”, da rede Usenet.
Instalação complexa
Diferentemente dos sistemas
comerciais, que vinham nos computadores prontos para serem usados, a instalação
do sistema operacional de Linus Torvalds era complexa. O sistema vinha em
disquetes de 5,25 polegadas, usados para executar o Linux. Para instalá-lo em
um disco rígido, o usuário precisava de um editor hexadecimal para inserir as
primeiras instruções diretamente na MBR (Master Boot Record) do disco. Essa não
era uma tarefa para qualquer programador e, por isso, começaram a surgir as
primeiras instruções, feitas por Erik Ratcliffe, as quais chama-se, hoje, de
tutoriais (HOWTO).
Linus Torvalds
Em 1992, Andrew S. Tanenbaum,
cientista da computação reconhecido e autor do sistema Minix, escreveu um
artigo para o mesmo grupo de notícias que Linux havia anunciado o Linux. Seu
artigo, intitulado de “Linux is obsolete” (Linux está obsoleto), marcava o
começo de um famoso debate sobre a estrutura do recente Linux.
As principais críticas
envolviam a estrutura monolítica do kernel, que previa a inclusão de todos os
drivers no próprio kernel e gerava baixa compatibilidade com hardwares
diferentes. Essa característica foi modificada e, atualmente, o kernel do Linux
é modular, permitindo a inclusão de drivers sob demanda, sem precisar reiniciar
o sistema. A baixa compatibilidade era fruto, também, do código para as
funcionalidades do processador Intel 386, que não eram genéricos, forçando o
uso deste processador.
Outras críticas, no entanto,
se mostraram equivocadas, sobretudo com relação ao sistema ser multitarefa e ao
modelo de desenvolvimento livre do Linux. Observando hoje, as predições de
Tanenbaum sobre o Linux ser abandonado em poucos anos e substituído pelo GNU
Hurd provaram-se incorretas. Contudo, seus questionamentos foram importantes,
pois permitiram a evolução no sistema, fazendo com que fosse portado para todas
as principais plataformas, bem como seu modelo de desenvolvimento aberto se
tornasse um exemplo a ser seguido.
A primeira distribuição
Linux
Em 1992, a primeira
distribuição do Linux foi montada por Owen Le Blanc, do centro de computação de
Manchester, e ficou conhecida como MCC Interim Linux. Era uma coleção de
disquetes que, uma vez instalados no seu sistema, ofereciam um ambiente básico
do UNIX, em terminal. Algum tempo depois, a primeira distribuição a possuir
interface gráfica foi lançada pela universidade A&M do Texas. Chamada de
TAMU-1.0A, o uso da interface gráfica era inicial e as configurações usadas
faziam com que uma fumaça saísse do monitor, em alguns casos. Ambas essas
distribuições foram desenvolvidas para uso interno das universidades.
A primeira distribuição
comercial do Linux foi a Yggdrasil. Por comercial, entende-se que tinha o
público em geral como seu usuário. Lançada em dezembro de 1992 por uma empresa
de Berkeley, na Califórnia, a Yggdrasil foi a primeira distribuição a trazer o
conceito de Live CD, o qual permite utilizar o sistema diretamente do CD-ROM
distribuído, sem a necessidade de instalá-lo no disco rígido. A distribuição
era anunciada como “Plug and Play” (conecte e jogue), uma vez que ela detectava
o hardware do usuário e se configurava usá-lo automaticamente.
Em maio de 1992, a Softland
Linux System (SLS) foi lançada por Peter Mac Donald. Essa foi a primeira distribuição
Linux largamente reconhecida e usada. Foi o primeiro grande avanço para a
adoção do Linux e chegou a dominar o mercado até que seus desenvolvedores
tomaram a decisão de mudar o formato dos arquivos executáveis. Essa mudança não
foi bem recebida pelos usuários e, na mesma época, Patrick Volkerding adaptou,
modificou e ajustou a distribuição SLS, criando uma nova, que ele chamou de
Slackware. Com as direções tomadas pela SLS, o Slackware rapidamente a
substituiu e se tornou a distribuição dominante. Ainda hoje, o Slackware é
usado.
A chegada do SuSE e
outras distros famosas
Toda essa história da criação
e crescimento do Linux ocorreu em apenas três anos. Nesses dias, a velocidade
de mudanças foi inacreditável. Entre 1991 e 1995, diversas distribuições
surgiram e se foram. Alguns nomes conhecidos atualmente, como Red Hat, Debian,
TurboLinux e SuSE se tornavam populares. Com as novas interfaces gráficas
desenvolvidas, como o Gnome e o KDE, as distribuições de Linux chegaram até
mesmo a usuários comuns. Desde então, o Linux atrai mais e mais usuários
oferecendo sistemas operacionais gratuitos, eficientes e completos.
Em 1996, Linus Torvalds
anunciou que o Linux tinha um mascote, um pinguim. A escolha deu-se por uma
menção de Linus ao pinguim da espécie Little Penguim, vista por Linus em uma
visita ao National Zoo & Aquarium, em Camberra, na Austrália. Larry Ewing
esboçou os primeiros rascunhos do mascote que conhecemos hoje. O nome do
mascote foi sugerido por James Hughes, como uma derivação de Torvalds’ UniX
(TUX).
O Linux hoje
Desde o começo da década de
1990, quando o Linux foi lançado e as primeiras distribuições começaram a ser
construídas, muito trabalho foi feito para que chegássemos hoje às 321
distribuições monitoradas pelo DistroWatch.
Como vimos, o sistema é feito
com mais do que marcas famosas como Mint, Ubuntu e Fedora, que hoje dominam o
mercado de distribuições Linux. O Linux possui um fator psicológico e
revolucionário que visa promover a liberdade e o compartilhamento de conhecimento
entre as pessoas.
Hoje o Linux é um
dos sistemas operacionais mais conhecidos da atualidade e conta com uma série
de distribuições mundo afora. Mas você sabe como tudo começou?
Quem foi Linus Torvalds?
Linus Torvalds nasceu em 28 de
dezembro de 1969 em Helsinki na Finlândia e sua família era uma das poucas cuja
linguagem adotada como principal era o Sueco ao invés do Finlandês. Embora
fosse filho de jornalistas, Linus começou a demonstrar seu interesse pelo
“mundo geek” cedo, obtendo sempre grande destaque em campos como a Matemática e
Física.
Em 1988, Linus ingressou na
Universidade de Helsinki no curso de Ciências da Computação. Após montar um
computador no qual passou a adotar o Minix (um sistema operacional baseado no
Unix, porém gratuito). Devido a observar as dificuldades deste sistema
(especialmente com relação ao uso de terminal para conexão), Linus resolveu
criar um programa para a emulação de terminal que funcionasse independente do
Minix.
Como o programa de emulação
mostrou-se mais satisfatório do que o esperado, Linus começou a pensar que
outras carências do Minix poderiam ser supridas. É nesse ponto que a história
principal deste artigo começa.
Em 1993, Linux conheceu Tove
Monni, uma estudante que mandou um email convidando-o para um encontro.
Posteriormente, eles se casaram e tiveram três filhas. Em 1997, mudou-se com
sua família para a Califórnia quando aceitou uma posição na empresa Transmeta
na qual permaneceu até junho de 2003.
Ainda em 2003 Linus começou a
trabalhar em conjunto com a Open Source Development Labs (OSDL), um consórcio
criado para promover o desenvolvimento do Linux, para concentrar-se
exclusivamente neste kernel.
As origens: por que o Linux foi sequer pensado?
Em 1991, com relação aos
sistemas operacionais, você tinha poucas escolhas. O DOS exercia sua soberania
absoluta com relação aos computadores pessoais, até por uma questão de falta de
escolha. Por mais que os Macs existissem seus preços eram astronômicos, fato
que tornava quase impossível a aquisição de um deles para um usuário final.
Além deles, havia o Unix que
certamente era ainda mais caro do que um Mac e adotado quase exclusivamente por
grandes empresas. Nessa altura, o código do Unix, que uma vez foi utilizado como
material de estudo em universidades, já se encontrava proprietário e não mais
para conhecimento público.
Nesse clima, um professor
holandês chamado Andrew S. Tanenbaum criou um sistema operacional baseado no
Unix, o Minix. Montado para funcionar com a linha de processadores Intel 8086.
Como primariamente, o Minix tinha objetivos acadêmicos (o ensino do
funcionamento de um SO em universidades), ele estava longe de resolver todos os
problemas de um usuário final, porém seu código-fonte era disponibilizado por
Tanenbaum.
Nesse ponto da história, o
estudante Linus Torvalds, frustrado com as carências do Minix começou a
idealizar como seria bom ter um SO que, além de gratuito, pudesse efetuar
tarefas como emulação de terminal e transferência e armazenamento de arquivos.
Então, em 25 de agosto de 1991, Linus anunciou por meio de um email na Usenet
(a Unix User Network) que estava desenvolvendo um sistema operacional.
O famoso email relata que ele
estava criando um sistema operacional desde abril do mesmo ano, porém que não
intencionava torná-lo uma coisa realmente grande e profissional como o GNU (SO
de código aberto baseado no Unix), sendo mais um hobby. Ele pedia sugestões e
críticas, porém dizia que talvez sequer chegasse a programar-lo de fato.
Linus pretendia chamar sua
criação de “Freax”, porém trocou para Linux ao aceitar esta sugestão de um de
seus amigos.
E nasce o novo sistema
Na mesma época (1991),
estudantes do mundo todo que se interessavam por informática, e compartilhavam
os ideais de que os programas deveriam ser livres para o uso e melhoria por
todos, foram inspirados por Richard Stallman e seu projeto GNU (acrônimo
recursivo para GNU is not Unix). O projeto de Stallman, em poucas palavras, era
um movimento que visava a fornecer software livre com qualidade.
Ainda neste ano, o projeto GNU
havia criado uma série de ferramentas úteis para programadores e estudantes,
porém seu sistema operacional propriamente dito ainda precisava de um kernel.
Este núcleo, batizado de GNU HURD ainda estava em fase de criação e seu
lançamento previsto para alguns anos.
Foi então que Linus libertou a
primeira versão de seu sistema, o Linux versão 0.01 em setembro de 1991. Ao
contrário do que muitos devem estar pensando, Linus recebeu críticas pesadas de
grandes nomes da computação na época, como Tanenbaum, que inclusive citou que
se Linus fosse seu aluno não receberia uma boa nota por aquele sistema tão mal
arquitetado.
Entretanto, Linus continuou
seu trabalho e agora contava com um grande número de colaboradores interessados
para auxiliá-lo. Em um próximo passo e utilizando uma ampla gama das
ferramentas do GNU (inclusive o próprio sistema de Stallman), o Linux iniciou sua
ascensão, licenciado pela GPL (GNU Public License), para garantir que
continuasse livre para cópia, estudo e alteração.
Com isso, não demorou para que
algumas empresas como Red Hat e Caldera compilassem versões do programa (com
fins comerciais) e fizessem alterações para deixá-lo mais parecido com o que os
usuários estavam acostumados. Entretanto, programadores voluntários mantiveram
distribuições gratuitas, como a famosa Debian.
Então, já contando com uma
interface gráfica e uma série de melhorias ocorrendo em paralelo, às
distribuições do Linux começaram a tornar-se cada vez mais populares entre os
usuários.
De um hobby para um sistema
poderoso: quase duas décadas de Linux
Como quase todas as previsões
de grandes catástrofes apocalípticas costumam estar erradas, não foi diferente
com o Linux. Hoje, com quase duas décadas, ele continua sendo um dos sistemas
operacionais com o crescimento mais rápido da história. Sem dúvidas, o melhor
aspecto deste sistema é que sempre que um novo hardware é criado, há um
programador disposto a adaptar o Linux para oferecer compatibilidade.
Com o aumento do suporte para
o SO, grandes empresas perderam o receio e passaram a utilizar o Linux em suas
máquina. Da mesma forma, com as interfaces gráficas, diversos usuários passaram
a adotá-lo por tratar-se de um sistema de qualidade e gratuito.
Tux: o queridinho dos usuários
Há diversas histórias sobre o
motivo de ser um pinguim o mascote do Linux. O fato é que no início de 1996
vários colaboradores conversavam sobre um logotipo ou mascote para o sistema na
lista de emails do kernel. Após várias sugestões, Linus mencionou de forma
descomprometida que gostava de pinguins.
A frase imediatamente
finalizou qualquer outro debate sobre o assunto e começaram, então, os esforços
para montar o desenho. O nome, a princípio veio da junção (T)orvalds e
(U)ni(X), embora muitas pessoas tenham achado que era uma abreviação para
“Tuxedo” (terno) por ser “a vestimenta” de um pinguim.
Em 1991 Linus lançou a
primeira versão oficial do Linux que desde então passou a “pertencer” a todos.
Ao contrário de Bill Gates, Linus não virou um bilionário e continua uma pessoa
acessível e presente na comunidade de programadores, embora tenha seu nome e
obra conhecidos mundialmente.
Um breve histórico
O Linux surgiu idealizado pelo Linus
Torvalds, um estudante computação da Finlândia, que desejava possuir um sistema
operacional que pudesse estudar e até fazer a suas implementações, mas, via os
sistemas operacionais proprietários muitas vezes com preços proibitivos
que impossibilitavam muitos de possuírem, principalmente aqueles que o desejassem
aprofundar no seu conhecimento. No dia 25 de agosto de 1991 foi o início
de tudo, quando Linus Torvalds divulgou no newsgroupcomp.os.minix que estava
desenvolvendo como hobby um sistema operacional livre para computadores AT-386.
Este poderia ter sido mais um projeto de qualquer estudante ou desenvolvedor,
mas, graças à internet e de milhares de pessoas dispostas a auxiliar Linus em sua tarefa,
dias depois foi disponibilizada uma versão 0.01, que para todos os
efeitos pelo próprio número era muito limitado. Nos seus primórdios, o Linux mal podia
ser chamado de sistema operacional. O que realmente existia eram alguns drives
de dispositivos e um suporte rudimentar a discos rígidos. Linhas de código embrionárias rodavam contornando MS-DOS do 386,
mas precisavam do mesmo MS-Dos para as demais funções, incluindo a
inicialização da máquina. Mas o objetivo de
Linus era fazer um sistema mais estável e modular que o Dos, que pudesse ser
melhorado por qualquer um, independente de um fornecedor comercial.O dia 5 de janeiro de 1992 marca o lançamento do
Kernel 0.12, e Torvalds autoriza o uso comercial do Linux. Era um embrião de
licença livre, mas ainda muito restritiva se comparada à GPL. Já no fim de 1992 já existiam os primeiros
conceitos de distribuição Linux: pacotes contendo Kernel e aplicativos
diversos
que formariam o kit de instalação e utilização. Ainda nada profissionais, pois, eram uns
monstrengos que eram baixados da internet e gravados em disquetes. O
inicio da profissionalização teve como o marco uma outra distribuição realizada
pela Yggdrasil, que disponibilizou em CD-Rom e determinou praticamente todos os padrões subsequentes.
Em 16 de abril de 1994 o kernel chega à
versão 1.0, que pelo próprio nome sugere estava pronto. Quatro meses depois
surge o Red Hat, uma distribuição que usou um conceito moderno aceito até hoje,
um sistema GNU/Linux em CD-Rom, com várias aplicações de escritórios a de
servidores específicos e manuais de instalação e utilização. O
surgimento do Red Hat é uma referência para o Linux, pois dele surgiram.
Introdução
A
humanidade tem aperfeiçoado suas ferramentas através dos avanços tecnológicos
ao passar dos anos.
Por conta da complexidade relacionada à operação de um
computador, muitas vezes, por cientistas extremamente capacitados para designar
tarefas triviais, que geralmente, resultavam em simples operações, foram
necessárias sérias mudanças no cenário tecnológico para que estas tarefas
fossem otimizadas.
Com o advento do BASIC (Beginner's All Purpose Symbolic
Instruction Code, ou em português: Código de Instruções Simbólicas de Uso Geral
para Principiantes), em meados de 1960 e 1970, uma linguagem de alto nível,
criada visando os principiantes que tinham interesse em expandir a capacidade
dos computadores e o conhecimento tecnocientífico, a tecnologia caminhou com o
intuito de transformar computadores primários em dispositivos programáveis,
capazes de obedecer a determinados comandos e emitir alguns resultados.
Na década de 1980, pode-se relatar um grande avanço no
desenvolvimento de sistemas com o objetivo de, resumidamente, gerenciar as
operações nos computadores.
Dentre os coparticipantes deste avanço, destacam-se Ken
Thompson e Dennis Ritchie (pesquisadores da Bell Labs), que desenvolveram a
primeira versão do UNIX (em linguagem C), já com suporte multitarefa.
Cita-se também, o lançamento do projeto GNU por Richard
Stallman, cientista do MIT, que tinha a pretensão de criar um SO do tipo Unix
gratuito.
Em seguida, tem-se o desenvolvimento do Minix (por Andrew
Tannenbaum), Sistema Operacional didático baseado na API do UNIX.
Destacam-se estes eventos por terem servido de base para
a criação do Linux, em 1991, por Linux Torvalds. Sistema
operacional que viria a revolucionar a ideia de Software Livre, atraindo
milhares de simpatizantes que, posteriormente, aderiram à causa e à ideia de
liberdade de softwares.
Evolução do Linux
Criado em meados de 1991, a ideia era apenas
um projeto paralelo feito em casa, para fins recreativos por Linus
Torvalds, e hoje é o sistema operacional livre mais famoso do mundo, mas
mesmo assim vem perdendo mercado em desktop, pois muitas pessoas
ouve história de que “Linux é difícil de usar” e tal, mas nem sequer
tentou usar, mas enfim aqui vou mostrar que você pode estar usando o Linux
e nem sequer tem conta disso então vamos lá.
Grandes servidores
Serviços que você utiliza todos os dias, como Google
e Facebook têm Linux rodando em seus servidores para armazenar muito conteúdo.
Todos os serviços de web da Google, como Docs, Agenda e Calendário, ficam
hospedados em máquinas com o sistema operacional do pinguim.
Sistemas
de controle de tráfego aéreo
Para que as pessoas viajem em segurança de uma parte a outra do mundo, há a
necessidade de controle de tráfego aéreo. A maioria das máquinas operadas pelos
controladores de voo usa Linux para garantir que o avião que carrega você de um
ponto a outro decole e pouse em segurança.
Sistemas
de alta tecnologia para controle de tráfego
Segundo o site LinuxforDevices.com,
a cidade
de San Francisco, uma das mais populosas dos Estados Unidos, usa um sistema de
alta tecnologia para controle de tráfego terrestre. O município tem um trânsito
caótico e é com Linux rodando em seus computadores que a prefeitura local
pretende reduzir esse problema.
Android
O Android é o sistema operacional
desenvolvido pela Google para dispositivos portáteis. Ele é um dos mais usados
do gênero e cada vez mais novos aparelhos de grandes fabricantes são lançados
com ele instalado. Pois se você ainda não sabia, agora é a hora: Android é
desenvolvido tendo como base o Linux.
Trem
de alta velocidade japonês
Outra ajuda que o Linux dá ao mundo dos
transportes é funcionando nos computadores que operam o sistema de trens de
alta velocidade no Japão. Sempre que nessas enormes e velozes máquinas de ferro
embarcam passageiros e eles partem rumo ao seu destino, é o sistema criado por
Linus Torvalds demonstrando a sua versatilidade.
Bolsa
de Nova York
A Bolsa de Valores de Nova York também usa
Linux. Desde 2007, o local que é o ponto nevrálgico do sistema financeiro
estadunidense optou por instalar o sistema livre em suas máquinas. Os motivos
são simples e claros: redução de custos (afinal, Linux é de graça e não se paga
licença) e aumento de flexibilidade (não à toa o sistema é chamado de “livre”).
Supercomputadores
Outra
informação recorrente no mundo do software livre é a preferência de
desenvolvedores de supercomputadores pelo Linux. Estimativas apontam para cerca
de 90% das supermáquinas existentes hoje rodando alguma variação de Linux. A
explicação talvez seja a mais óbvia: o sistema livre é gratuito e flexível.
Carros
inteligentes da Toyota
Recentemente, de acordo com o site LinuxInsider, a Toyota aderiu à Linux Foundation, a fundação
criada em 2007 e que é responsável pela colaboração para aprimoramento do
sistema. A justificativa, segundo o gerente geral de projetos da empresa
Kenichi Murata, foi o fato de o sistema Linux possuir “a flexibilidade e a
maturidade tecnológica” de que eles precisam para desenvolver veículos
inteligentes.
Acelerador
de partícula
A Cern, Organização Europeia para a Investigação
Nuclear, maior laboratório de física de partículas do mundo e referência global
no assunto, faz uso do sistema em suas pesquisas relacionadas a partículas de
energia. O famoso acelerador de partículas do laboratório funciona com Linux.
Submarinos
nucleares
A Lockheed Martin, maior produtora de
produtos aeroespaciais para fins militares do mundo, apresentou, em 2004, a
linha de submarinos nucleares BAEs Astute-class. O sistema central dessas
máquinas subaquáticas possui a distribuição de Linux Red Hat instalada.
O Linux no Brasil, era visto como um sistema
operacional voltado aos nerds, mas sem muitas esperanças dentro de empresas
multinacionais como Telecom, bancos ou indústrias, isso devido à falta do
suporte corporativo, onde em caso de problemas, era possível ligar ou culpar
alguém.
Dai que em 2002-2003 surge o RedHat
Advanced Edtion 2.1, uma distribuição paga (no caso você pagava
o direito ao suporte e atualização do produto, isso vale até hoje que eu
saiba), foi um marco para muitos que já trabalham com Linux, já sabíamos da sua
capacidade e versatilidade, mas eram proibidos de serem instalados nos
servidores devido a tão temida: Falta
de Suporte.
Hoje eu chego mais rápido neste raciocínio: Se
eu vendo um serviço com um SLA ao meu cliente, preciso ter o mesmo SLA ou melhor
junto aos fornecedores da infraestrutura fornecida ao meu cliente, e isso não
existia para sistemas operacionais Linux até a RedHat ter criado.
Vários projetos de instalação de ambientes
Linux foram executados em paralelo com servidores Windows, Sun
e IBM, servidores estes que dominavam os
datacenters. Lembro-me da quantidade de freezers rodando Solaris, os servidores
10K e 15K em empresas de Telecom pelo Rio de Janeiro, se você não soubesse
mexer em um Solaris, tinha o seu salário bem reduzido.
Dai começamos a instalar e configurar os
servidores com RedHat Advanced Edition 2.1, depois de poucas horas e alguns
CD`s, tínhamos um servidor Linux prontinho para testes. Logo era percebido a
sua velocidade devido ao tempo do boot. A compilação de um HTTP
Server Apache em um servidor Linux era no mínimo 2,5x mais
rápida que em um servidor Solaris, incluindo SSL e outros módulos, isso sem
falar na desempenho de ambientes JAVA. A BEA havia comprado o JDK Jrockit, versão
essa que prometia ser 2x mais rápida que a fornecida pela SUN, mas que em ambiente
Linux era até 4x mais rápidas.
Durantes alguns meses, nós tivemos ambientes
duplicados com Sun Solaris e Linux, rodando servidores aplicacionais JAVA, já
que muitos ainda desconfiavam da performance e do suporte em caso de problemas,
mas logo essa desconfiança foi superada e os servidores Sun Solaris, como os
Windows e os AIX foram substituídos por Linux, a cada compra de novos
servidores nós já planejávamos a instalação de novos ambientes Linux e isso
acontece até hoje, onde trabalho em um ambiente que possui mais de 70% dos seus
servidores baseados em Linux, restando os 30% divididos entre Windows e
Unix(Solaris,AIX e afins).
O crescimento quanto à utilização do Linux graças
à iniciativa da RedHat gerou uma coisa muito importante no mercado de TI,
confiança, confiança essa em produtos e serviços criados por comunidades, e que
funcionam e é possível realizar alterações sem pedir permissão; o
importante é criar, funcionar, poder alterar e compartilhar. Isso é opensource
para mim.
Vários produtos e serviços são utilizados por
empresas que trabalham com ambientes em missão críticas, seja Telecom, Bancos,
NASA e hospitais. A Microsoft vem correndo atrás do prejuízo, e de anos e anos
falando mal do mundo opensource, isso já até virou piada.
O custo de suporte de uma série de operações
em TI foi reduzido em mais de 50% com a implementação de sistemas opensource e
isso continua a crescer, veja o caso do Cloud Computing, onde grande parte das
soluções oferecidas no mercado são suportadas em ambientes Linux, sem falar no
Google que roda a quase 100% em Linux.
O Linux veio para ficar e só tende a crescer.
Gostou???
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