O solo, em conceito
geológico, refere-se a fina camada superficial, onde há a matéria orgânica que
pode suportar a vida. As camadas baixas onde o material heterogêneo, alterado e
desagregado continua sobreposto ao substrato rochoso é chamado de regolito,
onde pode-se incluir partículas da rocha matriz alterada ou não de argilo-minerais,
de oxido de ferro bem como outros produtos do intemperismo. (Para entender a
Terra 2008). O solo então é resultado do intemperismo da rocha mãe e no
processo de sua formação sofre grande influência pelo clima e temperatura
atuante na região, o que modifica as rochas matrizes em textura e
característica.
Os solos lateríticos, com
derivação do latim (later = tijolo e ito = material pétreo) são formados em
regiões tropicais onde o clima é predominantemente quente e úmido, são solos
superficiais ou em regiões próximas em forma de bolsões, são poucos
desenvolvidos e sua localização é de incisão de relevo onde há elaboração de
processos erosivos e o espessamento do manto. São formados assim através de
intemperismo e lixiviação de minerais primários e menos resistentes onde ocorre
um enriquecimento no solo de óxidos hidratados de ferro e/ou alumínio e a permanência
da caulinita como argilo-mineral predominante e quase que exclusivamente. O
feldspato e outros silicatos são completamente alterados o que confere a estes
solos uma coloração típica vermelho, amarelo, marrom e alaranjado.
PRINCIPAIS TIPOS DE SOLOS DA REGIÃO NORTE
DO PAÍS:
No norte do país
apresenta-se uma área com as características e tendência a serem mais profundos
pelo seu relevo de planícies e baixos planaltos e com o clima equatorial
(temperaturas altas e grande umidade), demonstrando um domínio de solos como os
lateríticos com alta ação de intemperismos ácido, deixando o solo saturado por
alumínio. Na região Amazônica a ação do intemperismo pela lixiviação torna os
solos pobres, porém a grande concentração da vegetação faz com que a maior
parte da matéria orgânica seja constantemente reposta na superfície por uma
delgada camada de húmus.
TIPOS DE SOLO
|
%
|
ALISSOLOS
|
8,67
|
ARGISSOLOS
|
24,40
|
CAMBISSOLOS
|
1,06
|
ESPODOSSOLOS
|
3,12
|
GLEISSOLOS
|
6,41
|
LATOSSOLOS
|
33,86
|
LUVISSOLOS
|
2,75
|
NEOSSOLOS
|
8,49
|
NITOSSOLOS
|
0,26
|
PLANOSSOLOS
|
0,16
|
PLINTOSSOLOS
|
7,60
|
VERTISSOLOS
|
3,20
|
CHERNOSSOLOS
|
-
|
Fonte: Embrapa.
Segue a descrição de
algum dos solos mais constantes na região norte do país:
Argissolos: material mineral com baixa
atividade de argila e sofre saturação por base.
Neossolos: composto por material mineral
ou orgânico.
Plantossolos: é o agrupamento de solos de
expressiva plintitização.
Gleissolos: composto de material mineral
permanentemente saturados por água estagnada internamente, ou por fluxo lateral
do solo caracterizado pelas cores acinzentadas e azuladas devido a gleização
consequência da grande umidade.
ESTADO
|
TIPO DE SOLO
|
Roraima
|
Latossolos vermelho e
amarelo, Argissolos, Gleissolos, Plintossolos, Neossolos Fluvicos e Neossolos
quartzarenicos sendo em geral distróficos e ácidos e algumas manchas de
Chernossolos, Cambissolos e Nitossolos eutroficos.
|
Acre
|
Luvissolos, Cambissolos, e Vertissolos. Solos
associados a formação devido a sedimentação das bordas da Cordilheira dos
Andes. Latossolos amarelo distrófico e Espodossolos.
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Amapá
|
Latossolos amarelos e
vermelho-amarelo, Argissolos amarelos e vermelho-amarelo distrocoesos, Plintossolos
petricos concrecionarios.
|
Rondônia
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Predominante Latossolos amarelo e
vermelhos.
|
Tocantins
|
Latossolos Plintossolos
e Cambissolos
|
Pará
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Latossolos vermelhos e roxos,
Gleissolos, Podzolicos ,Gleissolos, Planossolos e área de quartzo vermelho
amarelo
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Amazonas
|
Latossolos amarelos
destroficos e distrocoeso, Argissolo amarelo destrófico e Plintossolos.
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