OUTLANDER: LIVRO 1 - TEMPORADA 1
SINOPSE OFICIAL
Em 1945, no final da Segunda Guerra Mundial, a enfermeira Claire Randall volta para os braços do marido, com quem desfruta uma segunda lua de mel em Inverness, nas Ilhas Britânicas. Durante a viagem, ela é atraída para um antigo círculo de pedras, no qual testemunha rituais misteriosos. Dias depois, quando resolve retornar ao local, algo inexplicável acontece: de repente se vê no ano de 1743, numa Escócia violenta e dominada por clãs guerreiros.
Tão logo percebe que foi arrastada
para o passado por forças que não compreende, Claire precisa enfrentar intrigas
e perigos que podem ameaçar a sua vida e partir o seu coração. Ao conhecer
Jamie, um jovem guerreiro das Terras Altas, sente-se cada vez mais dividida
entre a fidelidade ao marido e o desejo pelo escocês. Será ela capaz de
resistir a uma paixão arrebatadora e regressar ao presente?
***
Outlander é tema da minha admiração por muitos motivos. Começando porque
a trama é uma das melhores que eu já vi. Diana Gabaldon escreve de uma
maneira única. Demonstra ter total conhecimento sobre o que está escrevendo.
Entende de história, medicina, ervas e do amor.
Cria personagens vivos e dá vida aos que já morreram. Mescla ficção e
acontecimentos reais do passado numa narrativa de tirar o fôlego. A mulher é
surpreendente, tanto a escritora quanto a personagem protagonista, a Claire.
Sobre a adaptação, perde pouca coisa quem opta apenas por assistir. O
seriado é muito fiel aos livros. Note que cada livro tem enredo fechado:
começo, meio e fim, apesar de serem parte de uma série de 8 livros. Essa
característica é transportada para a adaptação televisa, onde cada temporada
acompanha os eventos de um único livro (talvez por enquanto). Isso serve para
renovar a trama a cada nova temporada e nos deixar ávidos por uma continuação.
Novamente deixo minha recomendação de leitura para Outlander.
É uma super opção de romance de época, mas longe de ser apenas um
romance bobo, a série é repleta de ação, aventura e paisagens incríveis.
E para aqueles que não curtem muito o mundo dos livros,
recomendo a série homônima que atualmente se encontra disponível na Netflix. Outlander no momento é minha maior recomendação de programa de TV. A
recomendação é para os que gostam de romance, mas também ficção, aventura, ação
mistério, intrigas, amor, sexo (e muito sexo!). É uma excelente adaptação da obra. Vale super a pena assistir.
Sucesso garantido, a série tem previsão de retorno para uma 6ª temporada
e provavelmente ainda terá uma 7ª e 8ª temporada, se continuar adaptando um
livro por temporada.
A LIBÉLULA NO ÂMBAR (LIVRO 2)
Vou iniciar minha fala sobre o segundo livro da série dizendo que este possui um dos melhores finais. O momento da separação da Claire e o Jamie foi um dos mais tristes que eu já li na vida. Um dos momentos mais tristes da saga dos dois é o retorno a Craigh na Dun, o círculo de pedras. Mesmo anunciada logo no início da narrativa, quando o momento chega é tão comovente e tão verdadeiro que me leva a pensar se realmente poderia existir um amor assim, capaz de sobreviver a um hiato de 200 anos de história.
A paixão que a Diana Gabaldon usa para escrever sobre a Claire e o Jamie é invejável. Cada pequeno detalhe do relacionamento dos dois é uma fonte de amor que se perpetua através do tempo, da dor e das infelicidades da vida.
A obra como um todo é uma leitura extremamente cativante. Não somente o final é fantástico, mas todo o resto. Preciso urgentemente saber se a Claire escolhe ficar com a filha no presente ou volta para o amor da vida dela no passado. Eu particularmente voltaria...
TEMPORADA 2
Assim como o livro, a segunda temporada é uma das minhas favoritas. O
inicio é marcado pela indecisão da protagonista em voltar para o futuro ou permanecer
no passado. Trocar o Jamie Fraser por Frank Randall. Mas o que chama mesmo a
atenção são os diálogos bem elaborados em inglês e francês, e a coragem da
série em não cair no comodismo das produção americanas ao mostrar personagens
de outros países sempre falando inglês.
Também é na segunda temporada que pela primeira vez a abertura muda para
incorporar elemenos da musicalidade do novo local de gravação. A música passa a
ter uma parte cantada em galês ao invés do som da gaita de foles. Mudanças
desse tipo acompanharão a série em todas as temporadas.
Catriona Balfe dá um show de atuação, sobretudo pelo episódio FAITH. A
atuação dela superou a narrativa do livro, sendo um dos meus momentos favoritos
de todas as temporadas. Apesar da excelente atuação, Balfe foi ser injustiçada
pelo Globo de Ouro. A série voltaria ser indicada na terceira temporada,
completando um total de 3 indicações sem nunca levar o prêmio.
O RESGATE NO MAR (LIVRO 3)
Dividido em dois volumes, o terceiro livro da série A Viajante do Tempo soma mais de 1200 páginas (o maior até agora). Longe de ser uma leitura maçante, a narrativa é equilibrada e convincente.
A autora no primeiro volume busca inspiração nos
romances de época e capricha no quesito "romance proibido". Já o segundo volume vem para amarrar qualquer ponta solta que
ainda restava dos dois primeiros livros. Destino e coincidência nunca foram tão
presentes em outro momento da vida da Claire e do Jaime. Aventura, suspense,
amor, traições e muito sexo são marcas registradas dessa jornada.
Vinte anos após a Batalha de Culloden e da
dolorosa separação em Craigh na Dun, Claire está de volta a Escócia, e dessa
vez na companhia da filha Brianna. Apesar de todos esses anos ter pensado que
seu amado morreu em Culloden, Claire descobre evidências que Jaime continua
vivo no passado. Longe de tê-lo esquecido, os anos de separação não foram capazes
de apagar as lembranças do guerreiro escocês. O desejo continua vivo, e desta
vez Claire terá que fazer uma escolha difícil: continuar em 1968 com Brianna, a
filha dos dois ou voltar para o século XVIII e tentar reencontrar o amor da sua
vida. Além da difícil decisão, ainda há os desafios de uma terceira viagem
através do círculo de pedras. O tempo está passando e Claire precisa decidir
novamente entre o futuro e passado.
É unânime, a Diana Gabaldon continua escrevendo
com maestria uma estória que parece não se esgotar! Nessa nova fase da saga é
explorado um número bem maior de lugares ao redor do mundo. Personagens novos e
antigos tornam a trama tão cheia de surpresas e reviravoltas que é difícil
conter a empolgação.
TEMPORADA 3
Outlander é uma das melhores séries do momento. A trama e o elenco são
sensacionais. São 3 temporadas e nenhuma sinal de desgaste da estória. É um
exemplo de adaptação bem feita. Eu, fã dos livros, não tenho nada para
reclamar. Inclusive desse terceiro ano, que posso caracterizar como a temporada
mais original da série até o momento. É única e em alguns momentos bastante
diferente da contraparte, o que em nada prejudicou a qualidade do show. Tudo
está lá, mesmo que de uma maneira um pouco diferente...
Foi realmente um ano decisivo para a série e diferente de tudo já
presenciado pelos fãs de Outlander. Distante dos ares frios da Europa e bem
mais próximo do calor dos trópicos. A equipe técnica está de parabéns pela
excelente qualidade das cenas no oceano, já que grande parte desse ano
aconteceu em alto mar.
Houve uma grande redução dos arcos paralelos, e o enredo focou
principalmente no casal Claire e James, e em apresentar os personagens que
terão uma maior participação na próxima temporada.
O melhor episódio de certeza foi o 13 (olho da tempestade). Não apenas
por ter sido o último, mas por conta da atuação do Sam Heughan e da Caitriona
Balfe. A maneira como a América foi apresentada aos telespectadores é
formidável, com uma trilha sonora de fazer o coração tremer.
OS TAMBORES DO OUTONO (LIVRO 4)
O quarto volume desta saga épica continua surpreendendo. 1100 páginas
divididas em duas partes e uma história que mais uma vez atravessa o tempo e
espaço para mostrar a força do amor. E ao que parece a força do amor entre
Claire e Jamie é inesgotável, assim como a habilidade da Diana Gabaldon de
escrever sobre eles.
Confesso que fiquei um pouco apreensivo imaginando a motivação da autora
para escrever um quarto livro e o que esperar de isso tudo. Outra vez não houve
decepção. A trama é bem construída interligando passado, presente e futuro e
uma forma cativante. Os detalhes são essenciais quando o assunto é Outlander.
Nada acontece por acaso e a autora não cansa de mostrar isso.
Diana Gabaldon é mestra quando o assunto é romances históricos, seja na
Escócia, Índias ou América. Nesta nova aventura o foco da narrativa deixa de
ser meramente sobre Claire e Jamie e passa a envolver também a filha do casal,
Brianna e o namorado Roger. A descoberta de Brianna em 1970 de que um incêndio
no século XVIII acabaria com a vida de seus pais, leva a garota a tomar uma
decisão drástica e atravessar o círculo em Craigh na Dun e avisar os pais sobre
o incêndio fatal. Sem conseguir impedi-la do perigo da travessia, Roger resolve
segui-la e apesar dos desencontros o destino guarda fortes emoções a esse novo
casal rumo ao desconhecido.
TEMPORADA 4
Para quem antes reclamava que a trama era muito focada no casal Claire e
Jaime essa 4ª temporada é um agrado. Pela primeira vez temos um episódio
completamente livre da participação da Caitriona Balfe e do Sam Heughan. Temos
um episódio todinho com a Sophie Skelton e o Richard Rankin, a Brianna e o
Roger como protagonistas. E podemos esperar mais do casal Brianna e Roger nas
próximas temporadas, além de uma maior participação de outros personagens.
Esse quarto ano é o ano do recomeço para Claire e Jaime. Depois de 20
anos separados o casal finalmente encontra a chance de refazer a vida no Novo
Mundo. Longe de ser um lugar tranquilo, e tranquilidade é uma palavra que não
existe na vida desses dois, as Colônias acabam se tornando palco de momentos de
perigo e reencontros inesperados...
A série continua uma ótima adaptação do material original. A temporada é adaptação do qaurto livro da saga, intitulado Outlander - Os tambores do
Outono, e até o momento é a que mais se distancia dos livros, na ordem dos
acontecimentos e sobretudo com personagens assumindo arcos que diferem de suas
contraparte nos livros.
A CRUZ DE FOGO (LIVRO 5)
- Quando chegar o dia em que tivermos que nos separar - disse ele baixinho, e virou-se para me olhar-, se minhas ultimas palavras não forem "eu amo você" saiba que isso não aconteceu porque não tive tempo.
Sinto que quase não tenho mais o que dizer sobre a incrível capacidade
da Diana Gabaldon de contar uma boa história. A Cruz de Fogo é o quinto volume
da série, e mesmo que de início possa parecer que não há mais o que inventar,
ela sempre dá um jeito. O problema é que os
livros são verdadeiros calhamaços e somente umas duzentas páginas depois do
começo é a que a narrativa passa a ficar realmente interessante. Quando o ritmo
da estória acelera, é quase impossível parar!
A autora tece com maestria uma rede de intrigas na Carolina do Norte, e
apresenta para os leitores um panorama do funcionamento da aristocracia
colonial do século XVIII. Claire e Jamie
novamente se vêem no meio de uma disputa, desta vez entre a Coroa inglesa e os
pioneiros europeus. A guerra pela Independência das colônias se aproxima, e
Jamie é convocado para liderar uma milícia contra os insurgentes. Em seus
esforços para construir uma comunidade na Cordilheira dos Frasers, proteger sua
terra, e continuar fiel a Coroa ele contará com a ajuda da filha Brianna e do
genro Roger, nascidos no século XX. Além do conflito histórico uma outra figura
voltará do passado recente para atormentar a vida dos moradores da Cordilheira.
Uma das marcas mais claras da escrita da Gabaldon é que ela é muito
detalhista, e mesmo depois de mais de mil páginas ela sempre deixa um gancho
para a continuação. No caso continuações, no plural. A trama é complexa, mas
bem humorada. Com muita aventura e personagens históricos quase sempre reais. Outra característica de sua prosa é o erotismo. A
cenas de sexo são recorrentes, descritas de maneira sutil e cheias de emoção.
Eu amo quando surgem umas referências atemporais. Citações a bandas de
rock dos anos 60-70, autores, ciência. Nessa época de quarentena, sem poder
viajar, tem dias que a gente sente no fundo da alma a vontade de sair de casa
sem necessidade. Para amenizar essa sensação nada melhor que ler um livro que é
pautado por viagens, no tempo e na história.
Mesmo sendo o quinto livro da série Outlander é quase tão bom quanto o
primeiro! É uma
história fantástica e original. Todo mundo deveria ler esse livro. É
maravilhoso e viciante.
Outlander, volume 5: A Cruz de Fogo. 2001. 1117 páginas.
TEMPORADA 5
Esse ano logo que terminei o livro comecei a ver a temporada, então
passei mais tempo focado em perceber as diferenças que foram muitas. Inclusive
fico mais ansioso por saber o que vai acontecer com a série e não com os
livros. Os livros de Outlander apesar de serem majoritariamente narrados pela
Claire se distanciaram de sua história, e a série é bacana porque acaba
trazendo o protagonismo para ela.
Essa sem dúvida foi a temporada mais diferente do livro-base, os
produtores escolheram encerrar alguns arcos que nos livros ainda estão
acontecendo e apresentaram novos personagens e acontecimentos de forma
distinta. O número de personagens é reduzido considerando que nos livros há
sempre alguém novo aparecendo. A temporada deu mais espaço para o Roger e a
Brianna, sobretudo para o Roger. Tornaram o personagem mais importante e com
mais destaque. O argumento para a próxima temporada é diferente do que eu esperava
após ler o quinto livro, mas sigo com expectativa elevada.
Acredito que seja uma tendência do programa se afastar cada vez mais das
contrapartes. Uma tentativa de continuar atrativa para o público, considerando
a complexidade da estória. Esse ano teve apenas doze episódios, alguns bons
momentos, uma fotografia linda e a proeza de adaptar os melhores diálogos de A
Cruz de Fogo. Entretanto me incomodo que haja muita violência, sobretudo
violência sexual. A equipe de produção tem o desafio de buscar melhores
maneiras de acrescentar reviravoltas no show e se manter interessante para a
sexta temporada. Estou aguardando!
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