Em uma
viagem de férias no campo, Amanda e a filha Nina, de 4 anos, acabam em um
estranho povoado refém de uma misteriosa intoxicação. Nesse povoado marcado
pela doença, conhecem Carla e sua inacreditável história sobre a mulher da casa
verde.
"FICO PENSANDO SE PODERIA ACONTECER COMIGO O QUE
ACONTECEU COM A CARLA. Sempre penso no pior. Agora mesmo estou calculando
quanto demoraria para sair do carro e chegar até Nina, se ela corresse
repentinamente para a piscina e se atirasse. A isso
dou o nome de 'distância de resgate', que é como chamo a distância variável que
me separa de minha filha, e passo a metade do dia fazendo esse cálculo, embora
sempre seja mais arriscado do que deveria"
A partir de
um momento familiar que poderia ser apenas mais uns dias de férias entre mãe e
filha, Samanta Schweblin constrói uma narrativa perturbadora, sempre no limite
entre a ficção e o que poderia ser real. Sem saber o que esperar das páginas
seguintes, a leitura proporciona momentos de terror e medo.
Distância de
Resgate não é o meu tipo de estória preferida, apesar da tensão e dos elementos
psicólogo que eu particularmente gosto bastante. A trama é capaz de prender a
atenção do leitor logo no início, mas acaba se tornando confusa. Mas é uma
leitura de uma vez só, com poucos páginas, é um romance para ler do início ao
fim sem parar.
O livro é o romance de estreia da escritora argentina Samanta
Schweblin. No Brasil foi publicado pela editora Record em 2016. Contém 144
páginas.
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