sexta-feira, 3 de abril de 2020

RESENHA| DISTÂNCIA DE RESGATE



          
          Em uma viagem de férias no campo, Amanda e a filha Nina, de 4 anos, acabam em um estranho povoado refém de uma misteriosa intoxicação. Nesse povoado marcado pela doença, conhecem Carla e sua inacreditável história sobre a mulher da casa verde.

"FICO PENSANDO SE PODERIA ACONTECER COMIGO O QUE ACONTECEU COM A CARLA. Sempre penso no pior. Agora mesmo estou calculando quanto demoraria para sair do carro e chegar até Nina, se ela corresse repentinamente para a piscina e se atirasse. A isso dou o nome de 'distância de resgate', que é como chamo a distância variável que me separa de minha filha, e passo a metade do dia fazendo esse cálculo, embora sempre seja mais arriscado do que deveria"

            A partir de um momento familiar que poderia ser apenas mais uns dias de férias entre mãe e filha, Samanta Schweblin constrói uma narrativa perturbadora, sempre no limite entre a ficção e o que poderia ser real. Sem saber o que esperar das páginas seguintes, a leitura proporciona momentos de terror e medo.

            Distância de Resgate não é o meu tipo de estória preferida, apesar da tensão e dos elementos psicólogo que eu particularmente gosto bastante. A trama é capaz de prender a atenção do leitor logo no início, mas acaba se tornando confusa. Mas é uma leitura de uma vez só, com poucos páginas, é um romance para ler do início ao fim sem parar.

O livro é o romance de estreia da escritora argentina Samanta Schweblin. No Brasil foi publicado pela editora Record em 2016. Contém 144 páginas.





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