O artigo intitulado "Uma revisão das relações entre tipos de
granitóides, suas origens e seus ambientes geodinâmicos" foi escrito por
Bernard Barbarin e publicado pela Revista Científica Elsevier no ano de 1998.
O trabalho aborda principalmente a classificação dos granitos e a
correlação destes com o ambiente de formação. A fundamentação para esse tipo de
correlação, parte do pressuposto que os principais tipos granitoides não são
aleatoriamente distribuídos nos vários ambientes geodinâmicos. Segundo o autor,
há evidências claras de fortes relações entre tipos granitoides e ambientes
geodinâmicos. Além disso, a maioria dos ambientes geodinâmicos não é caracterizada
por um único tipo granitoide.
A tipologia proposta baseia-se no conceito de tectónica de placas e a
maioria dos estudos de caso referem-se a Pré-cambriano aos granitoides recentes.
Granitoides mais antigos podem, no entanto, ser digitada usando os mesmos
critérios que os aqueles usados para granitoides muito mais jovens, porque o paradigma
tectônico placa pode ser aplicado de volta para o pré-cambriano
Esta tipologia complementa a maioria das classificações recentes porque
não é com base unicamente em critérios químicos e isotópicos, mas também em
campo, critérios petrográficos e mineralógicos. Tem assim a vantagem de
distinguir os vários tipos granitoides no campo, na maioria dos casos.
O uso de granitoides como traçadores da evolução geodinâmica é possível
a partir considerando-se que granitoides peraluminosos são de origem crustal;
os granitoides «toleíticos», alcalinos e peralcalinos são de origem do manto; e
ambos os tipos de cálcio-alcalino.
Dessa forma, os granitoides são de origem mista e envolvem materiais
crustais e manto. Cada tipo de granitoide é gerado e colocado em um ambiente
tectônico muito específico, onde cada estágio do ciclo de Wilson é
caracterizado por associações típicas de granitoides.
Assim, o estudo das relações entre a origem dos granitoides e a tentativa de correlacionar estes com possíveis ambientes
geodinâmicos é importante para trabalhos sobre a origem da crosta, independente
do seu período de formação, desenvolvendo assim uma valiosa ferramenta para o
entendimento da evolução crustal.
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