sábado, 15 de setembro de 2018

RESENHA| GUIA DE UMA CICLISTA EM KASHGAR



Confesso que tive um certo preconceito com esse livro. Comprei puramente por conta do preço, 10 reias. Isso lá em 2016, e desde então deixei guardado. Protelei, protelei e acabei resolvendo ler. A sinopse por aí só já era um banquete ao tédio. 
"Três missionárias fundando uma missão de evangelismo em uma cidade asiática nos anos 20"

Felizmente essa minha impressão durou pouco. Mais especificamente 1 capítulo. Foi o suficiente para me apaixonar pelo livro. Eu que esperava um livro bem religioso quebrei a cara. 

Pois bem, as três missionárias na verdade eram um casal e um outra mulher que era tão religiosa quanto eu. Ou seja, nem um pouco. Basicamente tinha entrado nessa de missão cristã internacional apenas para fugir do tédio da vida em Londres e para seguir a irmã mais nova, a progenitora dessa ideia. 

Agora dando nome aos bois essas mulheres são Millicent, a chefe da missão, e as irmãs Elizabeth e Evangeline. O foco da narrativa é a Evangeline, Eva, e suas anotações pessoas para aquilo que futuramente seria O Guia de Uma Ciclista em Kashdar. 
O Interessante deste livro é que ele acontece em dois momentos distintos: um em Kashdar, 1923 e outro em Londres, nos dias atuais. É a história de um encontro de dois mundos, de uma herança misteriosa e as reviravoltas do destino. 
Aconselho para quem gosta de ler sobre a cultura árabe. É um ótimo acompanhamento para obras como O Livreiro de Cabul e A Cidade do Sol. 

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