sábado, 15 de setembro de 2018

RESENA| AS DOZE TRIBOS DE HATTIE



O romance de estreia da Ayana Mathis é o que se pode chamar de literatura de ponta. E se engana quem achar que o primeiro romance não pode ser tão bom. As Doze Tribos de Hattie é uma leitura prazerosa em todos os sentidos. É uma obra profunda sobre a capacidade humana de superar a amargura e sempre continuar buscando a felicidade. O livro é belo e cruel de uma forma madura e sob medida para deixar a trama vibrante e imprevisível. 
A narrativa acompanha a vida da Hattie que 1923, aos 15 anos, fugiu da Geórgia juntos com a mãe e a irmãs para escapar da política racial que havia assassinado seu pai. 
Dois anos depois ela se casa com um homem que só traz desgosto e arrependimento a sua vida. Com esse homem Hattie dá a luz a 11 crianças, e no final da vida ainda se vê obrigada a criar a neta. 
E são essas 12 vozes que contarão a história de Hattie a partir da jornada de cada filho em diferentes momentos da história. 
O livro é lindo e bem escrito. Dividido em 12 capítulos que se interligam e produzem um retrato equilibrado sobre temas como sexualidade, religião, questões de gênero e principalmente de raça. 
É uma estória que te deixa acordado muito tempo depois de ler as últimas linhas de cada capítulo tentando advinhar o que aconteceu com cada um dos filhos no fim das contas. Garantia de experiência inesquecível! 
A dica aqui é para quem procura livros escritos por mulheres negras, e inclusive, As Doze Tribos de Hattie foi um dos escolhidos para participar do Clube do Livro da Oprah... 

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