O romance de estreia da Ayana Mathis é
o que se pode chamar de literatura de ponta. E se engana quem achar que o
primeiro romance não pode ser tão bom. As Doze Tribos de Hattie é uma leitura
prazerosa em todos os sentidos. É uma obra profunda sobre a capacidade humana
de superar a amargura e sempre continuar buscando a felicidade. O livro é belo
e cruel de uma forma madura e sob medida para deixar a trama vibrante e
imprevisível.
A narrativa acompanha a vida da Hattie
que 1923, aos 15 anos, fugiu da Geórgia juntos com a mãe e a irmãs para escapar
da política racial que havia assassinado seu pai.
Dois anos depois ela se casa com um
homem que só traz desgosto e arrependimento a sua vida. Com esse homem Hattie
dá a luz a 11 crianças, e no final da vida ainda se vê obrigada a criar a
neta.
E são essas 12 vozes que contarão a
história de Hattie a partir da jornada de cada filho em diferentes momentos da
história.
O livro é lindo e bem escrito. Dividido
em 12 capítulos que se interligam e produzem um retrato equilibrado sobre temas
como sexualidade, religião, questões de gênero e principalmente de raça.
É uma estória que te deixa acordado
muito tempo depois de ler as últimas linhas de cada capítulo tentando advinhar
o que aconteceu com cada um dos filhos no fim das contas. Garantia de
experiência inesquecível!
A dica aqui é para
quem procura livros escritos por mulheres negras, e inclusive, As Doze Tribos
de Hattie foi um dos escolhidos para participar do Clube do Livro da
Oprah...
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