Connell e Marianne cresceram na mesma cidade no interior da Irlanda e foram para a mesma escola. No entanto são de dois mundos diferentes. Ela é uma garota rica que vive em uma mansão e ele o filho da faxineira. Ele um garoto popular no colégio e ela uma menina tímida e pouco social. Apesar das diferenças eles desenvolvem uma conexão intensa sobretudo quando ambos vão para a mesma universidade, Trinity College.
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"It's funny the decisions you make because you like someone."
Uma excelente
estória, cujo título melhor seria se fosse PESSOAS REAIS pois as dificuldades
vividas pelos personagens chegam a ser tangíveis. É um livro acima de tudo
sobre amadurecimento, o último ano de escola e a vida na universidade. É uma
leitura cativante, do tipo que provoca uma relação inconstante de amor e ódio
com os personagens. Há capítulos que
deixam o leitor com vontade de entrar na estória e perguntar o que há de errado
com eles. Logo no início, parei e pensei "alguém precisa abraçar a
Marianne".
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A escrita da
Sally Rooney é agradável, simples porém da mais alta qualidade. Os diálogos são
bem construídos, direto ao ponto o que torna a leitura rápida e fácil, mas não
diria leve. Há momentos da narrativa que eu inclusive classificaria como
contra-indiciados em dias tristes. A trama é repleta de idas e vindas já que os
capítulos são temporamente distantes o que acaba combinando com o relacionamento dos próprios personagens. É
sem dúvidas uma leitura que eu recomendo!
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Na minha opinião Connell e Marianne têm uma dificuldade séria em externalizar os sentimentos. Sempre fica algo a ser dito entre os dois, um verdadeiro problema de comunicação. Felizmente o final é digno da história. Conclui a narrativa em um nível igual ao apresentado durante todo o romance.
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SÉRIE
Me sinto contente pelo que vi. Uma produção que soube explorar as melhores nuances do romance de Sally Rooney e com isso conseguiu transformar a adaptação em uma verdadeira obra de arte. O livro é repleto de diálogos bem colocados e que refletem a dinâmica do romance escrito em 2018. A série soube explorar esse aspecto e reproduziu as conversas entre Marianne e Connell de maneira quase idêntica ao texto.
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Não somente os diálogos, mas toda a construção do roteiro é extremamente
fiel ao livro. Acredito que um ponto positivo para o seriado é a capacidade de
tornar as emoções mais tangíveis, mais verossímeis. O minimalismo de cada cena.
A câmera percorrendo as mãos, os sapatos, o olhar de cada personagem. Outro
ponto positivo é que quando precisou abordar a questão do suicídio e da
depressão, o vídeo inicia com um aviso de conteúdo, tratando a questão com
responsabilidade e delicadeza no decorrer do episódio.
A fotografia é belíssima, as cores em tons pastel combinando com as
localidade de gravação é um colírio para os olhos. A diferença mais marcante
está na narrativa. Enquanto no livros os capítulos são contados principalmente
a partir das digressões do Connell e Marianne, na série foi colocada de forma
mais linear.
Paul Mescal (24) e Daisy Edgar-Jones (21) estão de parabéns. Antes de
começar a ver o programa eu estava com um pé atrás imaginando como a produção
lidaria com as inúmeras cenas de sexo, algo comum no livro. Fico feliz em ver a
naturalidade com que a nudez foi trabalhada em cena, a dedicação dos atores e
como se entregaram para o papel. Umas das vantagens de se trabalhar com atores
iniciantes.
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"His friends don’t think of him as a deviant person, a person who could say to Marianne Sheridan, in broad daylight, completely sober: Is it okay if I come in your mouth?" |
Mescal e Edgar-Jones foram um ótimo casal nas telas o que torna a
amizade colorida entre Connell e Marianne convincente. Apesar de o corpo
feminino sempre ser mais exposto em produções cinematográficas, e na minha
opinião Normal People não foge a regra, houve nudez frontal de ambos. Como
disse anteriormente a série possui diversas cenas de sexo, e muito dos
momentos essenciais da narrativa acontecem na cama (ou com uma xícara de chá na
mão). A produção não teve medo de ousar ao mostrar que durante o sexo as
pessoas estão nuas e não passam todo o tempo cobertas por lençóis.
A série é uma produção da Hulu e conta com 12 EPISÓDIOS com duração
aproximada de 30 minutos cada. Dura pouco, e após o fim fiquei preso em um loop
de ver vídeos do Connell e da Marianne com uma música romântica/ triste de
fundo.
Ótima dica para quem busca um drama com romance apimentado e uma sobre dose de sotaque irlandês.
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