"Inocentes
não existem. Em compensação, existem diferentes níveis de
responsabilidade"
Primeira leitura
de 2020. Uma leitura trabalhosa que para ser concluída precisei ter disciplina
na hora de ler. 600 páginas não é um número muito grande, mas se tratando de
Millennium a coisa fica complicada. 50
páginas por dias e entre atrasados e antecipações levei 14 dias para
terminar.
Um segundo
volume primoroso, e dono de uma trama bem construída. Stieg Larsson não deixa pontas soltas e a
narrativa é consistente e perspicaz. A qualidade do texto sobrevive mesmo sendo
resultado da tradução da tradução. O livro é escrito em sueco sob o título de
"Flickan som lekte med elden" e a versão brasileira é traduzida a
partir da edição francesa "la fille qui rêvait d'un bidon d'essence et
d'un allumette". Curiosamente o título brasileiro é mais próximo do título
da edição americana "the girl who played with fire".
Escrito em 2006,
a continuação de "Os homens que não amavam as mulheres" nos aprofunda
no passado da protagonista Lisbeth Salander quando a mesma se vê envolvida em três
misteriosos assassinatos. Considerada a principal suspeita dos assassinatos,
Lisbeth passa a ser perseguida pela polícia e a mídia. Em contrapartida, Mikael
acredita que Lisbeth é inocente e o crime longe de ter uma explicação simples
foi resultado de uma rede de criminosa ligada a esquemas de tráfico de mulheres
dos países do Leste Europeu. A menina que brincava com fogo é uma obra que deve
ser lida com atenção, um verdadeiro mistério de tirar o sono.
Millennium é um
dos poucos romances policias que eu leio atualmente. Depois de passar por
Sherlock Holmes e os romances de Agatha Christie, havia dado um tempo em
investigações criminais. Quando conheci "os homens que não amavam as
mulheres" me apaixonei por este novo tipo romance sobre investigação
pessoal. Parte disso se deve a protagonista Lisbeth, uma hacker bad ass e o
jornalista investigativo Mikael Blomkvist que formam uma combinação perfeita.
O primeiro
volume foi adaptado para o cinema, com titulo homônimo, em uma super produção estrelada por Daniel Craig e
Rooney Mara nos papeis de Mikael e Lisbeth. A produção consta no catálogo da
Netflix. Recentemente o quarto volume (A garota na teia de aranha), lançado postumamente e com edição de David
Lagercrantz , também ganhou uma adaptação estrelada por Claire Foy e Sverrir
Gudnason. A trilogia completa foi adaptada pelo cinema sueco no ano de 2009 com
Noomi Rapace e Mikael Nyqvist nos papéis de Lisbeth e Mikael.
Tradução:
Dorothée de Bruchard.
Editora: Companhia
das Letras.
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