sexta-feira, 24 de julho de 2020

RESENHA| TWIST (RELEITURA DE OLIVER TWIST)


"FBoss disse que a gente faz a própria sorte, mas é mentira. Você pode estar com tudo sob controle e mesmo assim merdas podem acontecer (...)"

 

Twist tem 18 anos, é órfão, sem dinheiro e está fugindo da polícia após escapar de uma instituição para jovens criminosos. Oliver tem uma habilidade natural para artes plásticas e passa a maior parte do tempo pinchando os muros da cidade de Londres com cópias exatas de pinturas clássicas. Em meio a uma perseguição policial, Twist recebe ajuda de um rapaz chamado Dodge que o apresenta a uma gangue liderado por FBoss. O grupo é especializado em roubos de obras de arte e Twist era justamente o que todos precisavam para executar um trabalho que promete deixar todos ricos.


Oliver Twist, de Charles Dickens.

A obra de Tom Grass é uma releitura moderna do clássico Oliver Twist, de Charles Dickens (escrito em 1837). Nunca li qualquer livro do Charles Dickens, mas já conhecia a trama por meio do filme Oliver Twist (2005).


Charles Dickens

Este é um exemplo de livro que comprei em uma super oferta nas Lojas Americanas, julgando pela capa e pelo preço mas não fez jus as minhas expectativas. Posterguei a leitura pelo máximo de tempo possível, e quando parei para ler tive que me obrigar a continuar página após página até terminar.

 

Me senti lendo o roteiro de um filme, o que combina muito com a profissão do autor que é diretor de criação e inclusive tem planos para adaptar o próprio livro. A narrativa é na terceira pessoa e deixa muito a desejar. Os personagens não têm motivações claras ou que os diferenciem de ladrões comuns.

 

Oliver Twist (2005).

O enredo  foi construído muito focado na ação; em mostrar o que estava acontecendo sem se importar por criar personagens que despertem a empatia do leitor. Não achei uma obra das mais cativantes, embora possa ser uma ótima dica para quem gosta de estórias cheias de adrenalina.


Twist. 286 páginas. 2015.


domingo, 19 de julho de 2020

RESENHA| THE FLATSHARE (TETO PARA DOIS)



The Flatshare conta a história de Tiffy e Leon, que dividem um apartamento e uma cama, mas em diferentes momentos do dia. Leon precisava de dinheiro então resolveu sublocar o flat. Tiffy precisava de um lugar barato para morar no centro de Londres. A ideia parecia genial. Ele trabalha em um hospital durante a noite, e ela é editora de uma revista durante o dia. Devido a diferença de horários eles nunca estariam no apartamento ao mesmo tempo.

 

Para o leitor é difícil de acreditar que só existia uma cama de casal no quarto entre todas as soluções possíveis (duas camas de solteiro?). Beth O'Leary tenta tornar esse pequeno detalhe convincente e fracassa. Além de ser bem estranho que nenhum dos dois tenha procurado outra opção a não ser dormir na mesma cama.



Com isso, o livro acaba sendo bem previsível. É um romance clichê do tipo que a pessoa inicia a leitura esperando um final feliz. O'Leary escreve bem, e apesar da trama não ser de todo interessante, no geral o livro é uma leitura agradável. Entre momentos engraçados e cenas absurdas, daria um ótimo filme.


O mais chato é a necessidade da autora de fazer com que tudo convergisse para um único momento. Ela escreve um aglomerado de coincidências que na verdade são coisas improváveis de acontecer na vida real. A protagonista, com seu jeito extravagante de se vestir,  me lembra muito a Lou, de Como Eu Era Antes de Você.  



A narrativa explora bem a problemática de relacionamentos abusivos, com ex-namorados obsessivos, a gradual percepção do relacionamento tóxico e a busca por ajuda profissional. Embora o romance tenha sido muito meloso, com uma dose a drama, é satisfatória saber que algo sério foi trabalhado no texto.


A pior parte do livro são suas 446 páginas que poderia facilmente ter um número menor. Há muitos momentos que ficaram deslocados dentro da trama e outros parecem ter sido escritos com um único objetivo, ou ter saído de outras estórias, uma tentativa de copiar grandes momentos.



The Flat Share (Teto para Dois). 446 páginas. 2019.


CITAÇÕES FAVORITAS


‘I don’t think so. Doesn’t work that way. Sometimes the happy thing just happens.’

'Acho que não. Não funciona assim. Às vezes, a coisa feliz acontece. '

 

Remind myself that there is no saving of people - people can only save themselves. The best you can do is help when they're ready.

Lembrando a mim mesma de que não há como salvar outras pessoas - pessoas só podem salvar a si mesmas. O melhor que você pode fazer é ajudar quando estiverem prontas.



‘You want space, or a hug?’ he asks simply, standing a foot away from me now.

‘Hug,’ I manage.

Você quer espaço, ou um abraço?', Ele pergunta de maneira simples, se afastando um pouco de mim agora.

"Abraço", respondo.

 

"Life is often simple, but you don’t notice how simple it was until it gets incredibly complicated, like how you never feel grateful for being well until you’re ill"

"Muitas vezes a vida é simples, mas você não percebe como era simples até ficar incrivelmente complicado, como nunca se sente grato por estar bem até ficar doente"

 

Can’t I handle seeing a man naked? It’s probably just because I haven’t had sex for so long. It’s some sort of biological  thing, like how the smell of bacon gets you salivating (…)

 

Being nice is a good thing. You can be strong and nice. You don’t have to be one or the other.

Ser legal é uma coisa boa. Você pode ser forte e agradável. Você não precisa ser um ou outro.

 

She smiles up at me and I feel something shift in my chest. Hard to describe. Maybe like a lock clicking into place.

Ela sorri para mim e sinto algo mudar no meu peito. Difícil de descrever. Talvez como uma fechadura se ajustando no lugar.


segunda-feira, 6 de julho de 2020

RESUMO: THE 100 - 7 TEMPORADAS DE SUCESSO



The 100 é uma série de televisão americana desenvolvida por Jason Rothenberg, transmitida pela emissora The CW desde 19 de março de 2014, e estrelada por Eliza Taylor. A série se passa 97 anos após uma guerra nuclear devastadora que dizimou quase toda a vida na Terra. Os sobreviventes conhecidos são os moradores de doze estações espaciais em órbita da Terra (a Arca), que já viviam nesta antes do fim da guerra. Depois dos sistemas de suporte de vida da Arca serem encontrados falhando criticamente, 100 prisioneiros juvenis são declarados "dispensáveis" e enviados para a superfície em uma última tentativa de determinar se a Terra é habitável.



Eu conheci a história dos escolhidos através da série de televisão, ainda bem no começo e me apaixonei por essa aventura no espaço. Apesar de bem diferentes da adaptação os livros são excelentes, principalmente o primeiro que foi a base do TV show. Depois de assistir a primeira temporada é impossível ouvir Radioactive (Imagine Dragons) e não lembrar da série.

 

THE 100: DAY 21


"Os cem logo não seriam mais os cem"

 

Para os que assistem THE 100 e como eu preferem a primeira temporada, uma super dica de leitura são os livros em que a série foi baseada. A primeira temporada de 100 é basicamente toda a trilogia. Apesar de a série ter ficado boa, uma temporada por livro não teria sido má ideia. O volume 2, The 100: Dia 21 é excelente. É uma leitura agradável que oferece um conteúdo super interessante que não foi explorado na série.

 

THE 100: HOMECOMING

 


Com o volume 3 se encerra a jornada da humanidade de volta ao planeta Terra, com um desfecho bem elaborado e com bastante potencial para futuras continuações. Recente foi lançado um quarto volume, iniciando uma nova etapa na vida dos escolhidos. Agora inteiramente na superfície.


THE 100: 3ª TEMPORADA

 


Confesso que após a segunda temporada me senti frustrado com a série e a deixei de lado. Eu assistia principalmente por conta da trama que se concentrava no espaço, pois o resto era muito normal. Quando o enredo passou a se desenvolver apenas na Terra, The 100 perdeu tudo aquilo que eu achava interessante. Dois anos depois finalmente resolvi dar uma segunda chance, e o que vi me surpreendeu. A maior parte do tempo a série conseguiu ficar muito boa, e reascendeu o meu interesse que surgiu lá atrás com aquela primeira temporada sobre os tais "escolhidos" e toda aquela viagem rumo ao desconhecido.

 

THE 100: 4ª TEMPORADA




Apesar de ter sido uma temporada extremamente apressada, com viagens ao espaço acontecendo em menos de 3 minutos, a série rendeu um ano mediano. A capacidade de criar material novo parece inesgotável e mesmo que a série tenha perdido o foco inicial o programa continua agradável.


Imitando os acontecimentos do primeiro ano mais inúmeras reviravoltas o show conseguiu uma completa revitalização, o que sem dúvida, garantiu mais estórias para contar. Todo mundo durante a temporada só fala da Clarke, Octavia e do Bellamy, mas no fim das contas quem faz a parada toda funcionar é a Raven! Na quarta temporada, a Clarke e o Jasper competem para o papel de personagem mais chato da série enquanto a melhor personagem da temporada é a Luna. Entra no conclave apenas para ficar com o bunker e deixar todos os outros morrerem na radiação. Bem egoísta.

 

THE 100: 5ª TEMPORADA


E desde quando a Octavia pode sair por aí matando os outros?


A trama da quinta temporada foi muito similar as demais: o eterno embate de forças do bem e do mal que no fim das contas se mostram sendo 'farinha do mesmo saco'. O elemento 'guerra' apesar de já está visivelmente esgotado ainda é o principal motor da trama. O enredo sofre com a falta de drama e romance, mas insiste em repetir as sempre 'novas' lutas pelo poder.

 

Os personagens novos e antigos compartilham das mesmas personalidades, as mesmas dores e os mesmos anseios. Poucos se destacam no decorrer nos 13 episódios, e mesmo após 6 anos de 'hiatus' quase nada evoluiu. A morte é reservada apenas para os figurantes, o que causa zero impacto no público. Bellark nunca desapareceu completamente e continuo torcendo por: NINGUÉM. 

 


THE 100: 6ª TEMPORADA



The 100 tem material para continuar por mais infinitas temporadas. A cada nova ano são adicionados elementos que tornam a trama cada vez mais longe de terminar. Todo final de temporada é de certa forma chocante e repleto de conteúdo pra próximas temporadas. Apesar de anunciar que a próxima temporada (7ª) será a última eu vejo que ainda poderia ser explorada muita coisa. Desde outros 3 planetas além de Sanctum, até vida alienígena. Quem hoje vê Os Escolhidos, nunca imagina que a aventura que iniciou na volta para Terra chegaria tão longe. E quando falo de distancia me refiro a ESPAÇO e TEMPO.



A série já experimentou de quase tudo nos roteiros das seis temporadas: brincou de distopia pós-apocalíptica, batalhas de clãs, inteligência artificial tentando dominar a humanidade (ou o que sobrou desta), e mais recentemente chegou bem perto de Carbono Alterado, e ainda prevejo que esse último ano será algo bem ao estilo de Prometheus, a busca pelo Criador no espaço. Com o formato compacto de 13 episódios é uma boa opção para maratonar, e tentar não ter uma overdose de personagem chato buscando redenção. A coisa mais chata em The 100 é que todo mundo quer sempre bancar o herói e por isso meu sonho é que a série termine com a Clarke morrendo!!!



sábado, 4 de julho de 2020

TOP 5: MELHORES SÉRIES QUE POUCA GENTE CONHECE

1 - 3%




3% é uma série de televisão brasileira de ficção científica desenvolvida por Pedro Aguilera para a Netflix, estrelada por João Miguel e Bianca Comparato. Desenvolvida a partir de um episódio piloto independente lançado no YouTube em 2009, 3% é a primeira produção brasileira original da Netflix e a segunda produzida na América Latina.



A série apresenta um mundo pós-apocalíptico, depois de diversas crises que deixaram o planeta devastado. Num lugar do Brasil, a maior parte da população sobrevivente mora no Continente, um lugar miserável, decadente, onde falta tudo: água, comida, energia e outros recursos. Aos 20 anos de idade, todo cidadão tem direito de participar do Processo, uma seleção que oferece a única chance de passar para o Maralto, onde tudo é abundante e há oportunidades de uma vida digna. Mas somente 3% dos candidatos são aprovados no Processo, que testa os limites dos participantes em provas físicas e psicológicas, e os coloca diante de dilemas morais.



A primeira série nacional produzida pela Netflix teve um desenvolvimento muito bom na estreia, apenas o final que deixou um pouco a desejar. No entanto o que mais chamou a atenção dos fãs no primeiro ano foi a falta de química entre os casais na trama. A segunda temporada elevou a qualidade do programa, tornando a produção uma das mais assistidas do serviço de streaming (considerando séries que não são em inglês). É uma ótima opção de conteúdo de entretenimento e apesar de estar na terceira temporada o seriado continua interessante e soa tão autêntica como a temporada de estreia. Os produtores conseguiram construir um enredo bem elaborado, sem a necessidade de tornar o programa muito complexo. A melhor personagem é a Joana, e outro grande atrativo do show são os próprios diálogos dos personagens, que eu considero uma forma de se comunicar bem brasileira.


Aconteça o que acontecer, você merece! 

2 - THE RAIN

 

The Rain é uma série de televisão de ficção científica pós-apocalíptica dinamarquesa criada por Jannik Tai Mosholt, Esben Toft Jacobsen e Christian Potalivo. A primeira temporada da série, composta por oito episódios, foi lançada na Netflix em 4 de maio de 2018. Em 30 de maio de 2018, a série foi renovada para uma segunda temporada que estreou em 17 de maio de 2019.

 


Um misterioso vírus transmitido pela chuva atinge à cidade de Escandinávia, na Dinamarca. A jovem Simone e seu Irmão, Rasmus, são levados ao um Bunker subterrâneo, construído pelo seu pai, Frederick, que os deixa prometendo voltar, quando conseguir a cura para o vírus. Seis anos depois do vírus catástrofe transmitido pela chuva acabar com quase todos os humanos, na Escandinávia, os irmãos dinamarqueses, Simone e Rasmus, viveram e cresceram em seu bunker, sem nenhum contato com mais nenhum ser vivo, além de um ao outro. Simone, cuida de Ramus como se fosse a sua mãe , e Rasmus ainda é muito imaturo. O rapaz não aguenta mais viver preso e um dia resolve fugir do bunker.



Comecei a assistir THE RAIN porque é o meu tipo de série: um mundo pós apocalíptico e pessoas tentando sobreviver. A premissa é boa mas me decepcionei bastante com o primeiro episódio. Continuei e acabei gostando (e muito!). Os personagens são parecidos com THE WALKING DEAD. Não só isso, tem um episódio que o enredo é semelhante com o arco TERMINUS em TWD.

 

Três episódios são suficientes pra saber que a Beatrice não presta!

As motivações da personagem Simone são as mesma da Katniss (Jogos Vorazes). Entretanto ela é uma protagonista tão chata que mais parece a Clark (The 100).  A série poderia ter sido melhor desenvolvida se fosse apenas a Simone e o irmão. Mas os roteiristas inventaram de colocar um cara com síndrome de herói badass que acabou roubando todo o protagonista da Simone. Próximo do fim da primeira temporada a série comete o maior erro ao matar a melhor personagem e o final da final da primeira temporada FICOU MUTO RUIM!


Motivos para ver The Rain: o Rasmus...

O programa se redimiu em sua segunda temporada, e diferente da primeira não houve uma diferença muito grande na qualidade dos episódios. Todos os seis estão muito bons. O foco desse novo ano deixou de ser A CHUVA (the rain) e na minha opinião a série agora deveria se chamar THE VIRUS. O final é previsível, mas nem por isso deixa de ser bom. Espero que a terceira temporada finalize bem o seriado pois o gancho para a continuação ficou extremamente interessante.


 3 - BIG LITTLE LIES

 

Pequenas Grandes Mentiras é um livro simplesmente sensacional. O desfecho chega a ser mais surpreendente que o de Garota Exemplar, meu queridinho quando o assunto é thrillers/ suspense!!! Super indico para quem quer ler um livro com uma boa dose de drama e mistério. Acima de tudo, a história é engraçada, tipo, muito engraçada!



Fiquei muito feliz com o anuncio da adaptação, e a primeira temporada da série me fez ter praticamente uma overdose de dramas familiares, algo totalmente aceitável depois de assistir todos os episódios de uma vez. A série ficou simplesmente perfeita. A delicadeza com que cada tema foi abordado é incrível. O livro é excelente, e a série não perde em nada.


Infelizmente a HBO decidiu fazer uma continuação e poucas coisas são tão desnecessárias quanto uma segunda temporada de 'Big Little Lies'. A primeira temporada foi sucesso, recebendo várias indicações em diferentes premiações. Como era esperado, a continuação falhou em manter a essência do livro e da primeira temporada. As atuações continuam boas, devido a ótima equipe de atrizes (Reese Witherspoon, Nicole Kidman, Shailene Woodley, Zoë Kravitz e Laura Dern), e melhora com a adição da Maryl Streep.


 


O fracasso da continuação está no roteiro. Não havia material suficiente para fazer uma sequência interessante e o segundo ano da série acaba por acrescentar nada ao enredo. Minha sugestão é que leiam o livro e assistam a primeira temporada como se fosse uma mini-série (como o programa foi concebido) e aproveitem. Embora uma terceira temporada nunca tenha sido confirmada, a série ainda não foi cancelada. Espero que não acabe como 13 Reasons Why...

 

4 - JAMAICA INN



Minissérie em três episódios adaptada por Emma Frost da obra de Daphne du Maurier, publicada em 1936. A produção é da Origin Pictures, com direção de Philippa Lowthorpe e com distribuição da BBC.



Situada em uma estalagem localizada na Cornualha no ano de 1820, a história acompanha a vida de Mary Yellan, uma jovem que cresceu em uma fazenda. Após a morte da mãe, ela vai morar com a tia Patience casada com Joss Merlyn, o dono da estalagem. Sem hóspedes e isolado do mundo, o local é utilizado como ponto de encontro de contrabandistas. Sem saber em quem confiar ou em como agir, Mary se vê atraída por Jem Merlyn irmão mais novo de Joss, que também pode estar envolvido com a gangue.


Da mesma autora de Jamaica Inn, foi lançado em 2015 o filme My Cousin Rachel (Eu Te Matarei, Querida), um drama noir adaptado do romance homônimo. O livro em especial é bem interessante e já foi adaptado várias outras vezes, inclusive na forma de série pela BBC.



O filme na verdade é um remake da adaptação de 1952, e tem o Sam Clafin no papel principal, o que por si só já é um grande motivo para qualquer um querer assistir. Na trama temos o jovem Philip Ashley na tentativa de se vingar da sua prima Rachel (Rachel Weisz) a quem culpa pela morte de seu primo e tutor, Ambrose com quem Rachel era casada.


5 - ONCE UPON A TIME IN WONDERLAND



Once Upon a Time in Wonderland é uma série de televisão americana do gênero fantasia e drama, criada por Edward Kitsis, Adam Horowitz, Zack Estin e Jane Espenson para a ABC Studios. A série é um spin-off da bem-sucedida série Once Upon a Time, e sua estreia ocorreu em 8 de janeiro de 2014, pelo canal Sony.



A série se baseia em torno do conto de fadas mundialmente conhecido do escritor Lewis Carroll, Alice no País das Maravilhas narrando as clássicas aventuras de uma garota chamada Alice, em um mundo fantástico, denominado País das Maravilhas. Com o mesmo toque diferente das outras adaptações e no mesmo universo de Once Upon a Time. Na atual Maravilhas, com flashbacks da pré-maldição do lugar.



A história foi concluída com o fim da primeira e única temporada. Enquanto Once Upon a Time se arrastou por várias temporadas a base da adição de novos personagens a trama. Once Upon a Time teve o pior fim possível: o elenco principal todo saindo e a série tentando continuar viva usando personagens secundários que ninguém queria saber até optarem por finalizar o programa de uma vez por todas.

THE WALKING DEAD: UM ANO DEPOIS DO FIM




THE WALKING DEAD é uma série de TV, baseada na história em quadrinhos homônima escrita por Robert Kirkman. O seriado é uma produção do canal AMC e atualmente está na décima temporada. A HQ no entanto chegou ao fim no dia 3 de julho de 2019, depois de 16 anos de história dos quais acompanhei de perto os últimos seis. 193 edições, série de TV, livros e um montão de outras coisas.



Foi um final lindo, emocionante, memorável. De fazer chorar. Espero que os livros de Game of Thrones tenham um final nesse nível. E espero também um dia voltar a assistir a série, que provavelmente terá um final ruim, pois se perdeu completamente no caminho, e hoje, já quase não lembra mais a história em quadrinhos a qual é baseada.


"We are surrounded by the dead. We're among them and when we finally give up, we become them! Don't you get it? WE ARE THE WALKING DEAD!"


As consequências do desligamento de Andrew Lincoln (Rick Grimes) em 2019 foram as piores possíveis.
Não demorou muito tempo para outros grandes nomes também abandonarem o programa. Ao que parece, The Walking Dead vai se acabar igual Once Upon a Time. O elenco principal todo saindo e a série tentando continuar viva usando personagens secundários que ninguém se interessa.



A série se manteve com bons números de audiência, alcançando a segunda maior audiência da história da TV na estreia da sétima temporada, baseado principalmente na morte de personagens queridos nos finais das temporadas. No decorrer dos outros 16 episódios, o programa sempre dava um jeito de matar os figurantes, de forma que nem era mais surpresa para os telespectadores.


'É bom você saber o seu lugar'


Hoje em dia a série já ultrapassou a marca dos 100 episódios, e quem segue como personagem principal é o Daryl Dixon. Temos o derivado FEAR THE WALKING DEAD, com alguns episódios compartilhados com a série principal (crossover) e mais recentemente foi anunciado um novo derivado sem data de estreia. Além disso, o seriado inspirou diversas outras produções/ séries sobre zumbis, como por exemplo: IN THE FLESH e Z NATION.



A história em quadrinhos poderia ter acabado antes, ainda no arco Novo Mundo que teve um final épico. No entanto Kirkman continuou a escrever, e quando eu pensava que The Walking Dead não tinha nada mais para mostrar, nunca me passou pela cabeça que terminaria o volume 30 (edição 180) discutindo luta de classes! Perto do fim, TWD tinha se transformado em uma caixinha de surpresas.



A grande decepção veio com a série. É duro admitir mas os episódios de TWD passaram a ficar bem ruins. O final da oitava temporada poderia facilmente encerrar o programa. Não foi apenas um final de arco, foi um desfecho lindo para algo que estava se estragando temporada após temporada. A história em quadrinhos é excelente, no entanto a produção da série não está sabendo trabalhar com o material original na hora de adaptar.



O trailer da nona temporada de ficou muito bom. Porém, é de conhecimento de todos que as temporadas anteriores tiveram uma boa divulgação para no fim das contas ser uma completa desilusão. A nova temporada prometeu ser um recomeço. Inclusive o letreiro da série está ficando mais limpo ao invés de se tornar mais sujo como acontece desde a estreia do show. Espero realmente que o nível volte a melhorar.

 

"Hilltop será o último ponto de resistência!"


Apesar de ser conhecido principalmente pela série de televisão e pela história em quadrinho, o universo de The Walking Dead também está expandido para os livros, com uma coleção que já conta com 7 volumes sendo boa parte co-escritos pelo próprio Robert Kirkman, o criador da coisa toda. TWD - Invasão é o sexto volume e último do arco que gira em torno da retomada da cidade de Woodbury, que tem início lá na HQ com a história do Governador e continua nos livros depois do desfecho na série de TV. É uma ótima opção de leitura para quem quer conhecer um pouco mais sobre TWD ou para quem pretende começar a série, mas está com receio acerca do conteúdo.

 


A HQ em suas 196 edições tem bons e maus momentos, e o Kirkman conseguiu se reinventar várias vezes, adicionando mais ação e aventura quando tudo parecia se acalmar. Novos arcos mostrando além das fronteiras para quem não aguentava mais a mesmice, e algumas reviravoltas absurdamente desnecessárias. Infelizmente ambas as contrapartes se tornaram repetitivas ao mostrar Rick e companhia sempre atraindo confusão para logo em seguida o grupo agir como os salvadores da pátria e Rick Grimes como o salvador da humanidade.



A série no início sofreu muito com o fato da HQ não ter previsão para acabar, então os produtores foram obrigados a enrolar para que ambas se distanciem uma da outra. Esperei muito para ver o salto temporal da HQ ser levado para a série, mas os produtores optaram por seguir a narrativa e preencher o intervalo de tempo com novas estórias. A essa altura do campeonato, introduzir novos personagens na série, mesmo os mais queridos na HQ, não funcionou. Restaram poucos dos que saíram de Atlanta e os quais os fãs eram apegados.


Uma missão rumo ao desconhecido!


The Walking Dead foi meu primeiro vício da TV e até hoje é uma das melhores séries produzidas. A carga emocional é enorme e apesar de nem sempre isso ficar claro, a verdadeira essência do programa é o drama. Os zumbis são apenas um detalhe, e foi se o tempo que os walkers em TWD davam medo. Agora o máximo que sinto é nojo.



Mesmo um ano depois do fim, ainda continuo achando o final da história em quadrinhos sensacional! Parabéns Robert Kirkman, e por favor deixe do jeito que está. Não invente mais de querer continuar escrevendo sobre! No momento o que precisa acabar é a série. O universo TWD deve seguir, mas apenas com os livros. O material disponível para novas estórias é infinitamente grande, e deve ser continuado!


Para saber alguns spoilers da série, nada melhor que ir ler a HQ!