A primeira temporada da série é lenta e pode até parecer entediante, mas com o decorrer dos episódios a trama começa a ficar interessante e melhora muito até chegar na segunda temporada. O formato compacto do programa torna a trama sólida, com começo, meio e fim bem definidos. A parte do espaço é bem explorada e os episódios possuem uma trilha sonora bem bacana. A produção surpreende nos efeitos especiais de ótima qualidade, pois quando pensamos em séries a espera é sempre de algo mais econômico. Então obrigado Netflix por investir dinheiro no projeto e tornar a série tão boa.
A narrativa no segundo ano da série inicia com um salto temporal, ou que eu gosto de chamar de "o problema de trabalhar com crianças que crescem na vida real além da idade de seus personagens". Mas esse detalhe não tem nenhuma relevância para o desenvolvimento da segunda temporada, que apresenta episódios realmente emocionantes. O episódio 4 meu foi meu preferido, que trouxe desde descrições geológicas até perfuração de poços, com direito a frase do Will "eu gosto de geologia".
Sobre os personagens, a pobre da Penny é a mais burra da família, palavras da Dra. Smith inclusive. É uma personagem subutilizada, e as linhas de roteiro são igualmente sofríveis, porque ela quase sempre não contribui em nada para a discussão e só acrescenta coisas como "acho uma boa ideia" e "eu também acho". Por isso concordo que a Penny deve passar mais tempo com a Dra. Smith e aprender mais da vida, já que inteligente ela não é, resta aprender outras habilidades.
Apesar da Penny ter passado no teste e o Will não, como a série é sobre o Will e o Robô, ele tem que sempre ser a criança prodígio. Esse segundo ano faltou romance, faltou acontecer algo entre a Judy e o Don, já que ambos do ponto de vista técnico são importantíssimos seria legal estarem juntos. Don West é o típico anti-herói, que sempre está tentando se dar bem, mas no fundo é um bom homem. Maureen e John são dois pés no saco, muito puros, bonzinhos demais e eu detesto esse complexo deles de sempre querer salvar todo mundo. Além do mais acho esse papo família bem entediante.
Gosto da Dra. Smith e adorei a personagem ter ganhado mais importância na segunda temporada. Ela é o que realmente se deve esperar de uma pessoa em uma situação de perigo e risco a própria vida. Autêntica. Outro personagem que gostei da evolução foi o Robô. "NÃO, WILL ROBINSON" foi o auge.
Resumindo: Lost in Space é um show para família, onde sempre reina a dicotomia entre bem e mal. O bem sempre vence e mesmo os personagens malvados são no fundo boas pessoas. Gosto de comparar essa série com The 100, e quem viu ambas as séries vai vez por outra reparar algo em comum, como a facilidade que a narrativa encontra em se prolongar, vulgo vamos passar cada temporada perdidos em um planeta diferente e nunca chegar a Alpha Century. Por fim, deixo meu "Boa sorte aos 98 escolhidos".
The 100 corre aquiiiiii.
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