Confesso que esperava bem mais de um filme sobre a Lisbeth Salander, e
se estou decepcionado a culpa é toda minha por gostar tanto da trilogia
Millennium. Os personagens são os mesmos da trilogia original, escrita por
Stieg Larsson e que eu amo, porém, o livro que origina essa nova adaptação, A
GAROTA NA TEIA DE ARANHA, foi escrito por David Lagercrantz, após a morte
precoce do Larsson. Não cheguei a ler a nova trilogia, de autoria do
Lagercrantz, e estou com receio de começar a leitura
e não gostar por não ser idêntica a escrita do Larsson.
Outro ponto é que quando assisti pela primeira
vez a versão americana de Millennium: Os Homens Que Não Amavam As Mulheres
senti uma vontade imensa de ler o livro logo após, e não sosseguei até
conseguir. Infelizmente não senti essa curiosidade de leitor com essa nova
adaptação. Lagercrantz fez um bom trabalho, e soube aproveitar o passado da
personagem Lisbeth e sua irmã Camila, que é sem dúvida a maior incógnita da
trilogia do Larsson, mas faltou a áurea de mistério característica da narrativa
do Larsson.
Outro ponto em desfavor a nova adaptação é que
sou particularmente grande fã do Daniel Craig e da Roney Mara e acho que eles
ficaram perfeitos no papel de Mikael Blomkvist e Lisbeth Salander, que nesta
nova produção ficou protagonizado pela Claire Fox e o Sverrir Gudnason. Como eu
disse no início, acredito que o fato de não ter gostado é puramente por
comparar o trabalho de dois autores diferentes e esperar que não haja
diferenças (detalhe é que eu deveria estar comparando os livros e não os
filmes), pois no geral, A Garota Na Teia de Aranha, é um filme bacana e uma
produção sofisticada, formidável para quem busca um filme com o simples
objetivo de descontrair.
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