segunda-feira, 26 de dezembro de 2022

RESENHA - HERCULE POIROT’S CHIRSTIMAS (O Natal de Poirot) - AGATHA CHRISTIE


Quem diria que o velho tinha tanto sangue em si!

 

Leitura de Natal do nosso clube do livro. Uma boa história, mas longe de ser feliz e natalina.

 

Comecei a ler Agatha Christie com “A Mansão Hollow” depois de muita experiência com Sherlock Holmes e Arthur Conan Doyle. Hoje em dia já não sou tão fã dos clássicos de mistério inglês, mas a verdade é que essas histórias rendem ótimos filmes. Assassinato no Expresso do Oriente e Morte no Nilo são fantásticos.

O Natal de Poirot é uma história curtinha, para quem gosta de romance policial e da magia do natal, um verdadeiro mistério para aproveitar o feriado. Este é mais um Caso de Hercule Poirot típico, que demora a acontecer, porém tem um final com sensação de terminar de montar um quebra cabeça. Não é à toa que Agatha Christie é aclamada como rainha da ficção policial, porque essas histórias do grande detetive belga são muito bem orquestradas.

 

Tem roteiro típico de novela da Globo, tem meia dúzia de reviravoltas e um final até razoavelmente imprevisível.

 

Ano :1957

Páginas: 219

Agatha Christie

 

Agatha Christie foi uma escritora inglesa conhecida por seus sessenta e seis romances policiais e quatorze coleções de contos, particularmente aqueles que giram em torno dos detetives fictícios Hercule Poirot e Miss Marple. O Guinness World Records lista Christie como a escritora de ficção mais vendida de todos os tempos, seus romances venderam mais de dois bilhões de cópias e, de acordo com o Index Translationum, ela continua sendo a autora individual mais traduzida.

 

SINOPSE

 

"Acho que o presente é o que importa, não o passado! O passado tem que sumir. Se tentarmos manter vivo o passado, acabamos, penso eu, por distorcê-lo. Nós o vemos de maneira exagerada... é uma perspectiva falsa."

 

O Natal é uma época de boa vontade e reunião familiar - exceto para a família Lee.

 

Este ano será diferente. Milionário duas vezes, tirânico e implacável - Simeon Lee tornou-se sentimental sobre seus filhos na velhice? Ou ele tem um motivo mais sinistro para reuni-los?

 

Com apreensão incomum, a família se reúne. Em uma atmosfera brilhantemente criada de ciúme e suspeita, um assassinato brutal é cometido. Hercule Poirot precisará de toda a sua maestria para desvendar esse audacioso crime.

 


domingo, 27 de novembro de 2022

RESENHA - LE BLEU EST UNE COLEUR CHAUDE (AZUL É A COR MAIS QUENTE)

 



"E pouco a pouco eu entendi que os caminhos para amar são múltiplos. Não se escolhe quem a gente vai amar, e a nossa concepção de felicidade acaba aparecendo por si mesma, de acordo com nossa expectativa de vida..."

 


Uma leitura diferente do que estou acostumado. As páginas recheadas de desenhos fizeram a leitura correr rápido. Apesar de ser uma história em quadrinhos não é nada feliz. Se situa em um largo intervalo de tempo, nos mostrando apenas recortes da vida das protagonistas, na maioria das vezes bem tristes.

  

Os gráficos são lindos, e ousados. O texto é simples, e mesmo no francês é fácil de ler, típico de uma conversa informal. Julie Maroh soube captar as nuances do relacionamento entre Emma e Clementine, tornando cada momento sobrecarregado de sensibilidade e amor, mesmo que as vezes um tanto exagerado.


 

“Mas meu amor, você já me salvou. Você me salvou de um mundo erguido sobre preconceitos e morais absurdas, para me ajudar a me realizar inteiramente (...); o amor que despertamos continua a cumprir o seu caminho".


  


“Azul é a cor mais quente” se tornou cult com o lançamento do filme, que agora posso ver que é bem diferente da obra de origem. Ouso dizer até que um pouco mais feliz. É aquele romance sáfico obrigatório de conhecer. Para quem gosta de drama esse livro é ideal.


  

Ano: 2010 / Páginas: 160

Idioma: francês 

Editora: Glénat

 

SINOPSE

 

"O amor é abstrato demais, e indiscutível. Ele depende de nós, de como nós o percebemos e vivemos"


 

O livro conta a história de Clementine, uma jovem de 15 anos que descobre o amor ao conhecer Emma, uma garota de cabelos azuis. Através de textos do diário de Clementine, o leitor acompanha o primeiro encontro das duas e caminha entre as descobertas, tristezas e maravilhas que essa relação pode trazer.


 


A novela gráfica foi lançada na França em 2010, já tem diversas versões, incluindo para o inglês, espanhol, alemão, italiano e holandês, e ganhou, em 2011, o Prêmio de Público do Festival Internacional de Angoulême. Além disso, foi filmada em 2012 pelo franco-tunisiano Abdelatiff Kechiche e levou a Palma de Ouro, prêmio mais importante do Festival de Cannes.


 


Em tempos de luta por direitos e de novas questões políticas, Azul é a cor mais quente surge para mostrar o lado poético e universal do amor, sem apontar regras ou gêneros.

 

segunda-feira, 21 de novembro de 2022

RESENHA - The Murders at Fleat House



Eu que nem sou muito fã de romances policiais me apaixonei por esse aqui. E que prova de amor melhor que terminar um livro rápido, daquele tipo que você mergulha nas páginas e não quer mais sair. Esse foi o meu caso, e mesmo atolado de atividades do mestrado, não consegui tirar esse livro da cabeça.

Que ótima história. Um mistério apresentado por camadas, sempre com algo novo surgindo. O melhor de tudo foi o tempo que a autora consagrou à vida íntima dos personagens, e que me deixou saturado de curiosidade. Conforme eu avançava na leitura não estava mais nem prestando atenção ao crime, mas simplesmente vivendo pela fofoca.

 

Passei dias pensando em quem seria o responsável, todos eram suspeitos, e todos tinham suas motivações. Quando por fim respirei aliviado ao chegar no final dessa obra, fiquei contente por não ter me decepcionado. O final foi excelente, totalmente convincente e tudo muito bem explicado. Um verdadeiro livro completinho!

 

Morte no Internato é o único suspense publicado por Lucinda Riley. Apesar de ter sido escrito em 2006, o livro só foi lançado postumamente em 2021. A autora não teve tempo para rever a obra, e em alguns momentos fica clara a falta de uma revisão, como algumas cenas que acabam meio soltas e personagens pouco desenvolvidos. Mesmo assim, a narrativa fluida não deixa a desejar, e o livro agrada.


Lucinda Riley

Ano: 2022 / Páginas :576

Crime / Ficção / Suspense e Mistério/ Romance policial

 

 

SINOPSE

 

A morte repentina de um aluno na Fleat House em St Stephen's – um pequeno internato particular nas profundezas de Norfolk – é um evento chocante que o diretor faz questão de chamar de trágico acidente.

 

Mas a polícia local não pode descartar um jogo sujo e o caso leva ao retorno da inspetora detetive Jazmine ‘Jazz’ Hunter à força. Jazz tem suas próprias razões particulares para se afastar de sua carreira policial em Londres, mas relutantemente concorda em encarar a investigação como um favor ao seu antigo chefe.

 

Reunida com seu leal sargento Alastair Miles, ela entra no mundo fechado da escola, e quando começa a investigar as circunstâncias que cercam a trágica morte de Charlie Cavendish, os eventos logo tomarão outro rumo preocupante.

 

Charlie é exposto como um valentão arrogante, e aqueles ao seu redor tinham motivação e oportunidade para trocar os remédios que ele tomava diariamente para controlar sua epilepsia.


À medida que os funcionários da escola se aproximam, o desaparecimento do jovem aluno Rory Millar e a morte de um professor idoso fornecem à Jazz pistas importantes, mas pretendem complicar ainda mais a investigação. Enquanto a neve cobre a paisagem e outro suspeito desaparece, Jazz também deve enfrentar seus demônios pessoais. . .

 

Então, uma descoberta particularmente sombria na escola torna esta a investigação de assassinato mais desafiadora de sua carreira. Porque Fleat House esconde segredos mais sombrios do que Jazz jamais poderia imaginar. . .



#lucindariley #murdersatfleathouse #thesevensisters #mortenointernato

 


sexta-feira, 28 de outubro de 2022

RESENHA - LE CHÂTEAU DE MA MÈRE (MARCEL PAGNOL)



Livro infantil com um final de partir o coração. A história parece não avançar muito, até que subitamente tudo acontece – escrito na forma de um epílogo. É ainda mais intenso por ser inspirado na vida do autor. Mas não é sempre triste, na maioria do tempo é um livro fofo, com gostinho de infância, de brincadeiras e inocência.

 

Nesse segundo volume da coleção "Memórias de Infância" acompanhamos o pequeno Marcel em suas férias de verão no campo. Continuação de La Gloire de Mon Père, Marcel Pagnol conclui seu romance autobiográfico com uma comovente homenagem a própria mãe.

 

Marcel Pagnol é uma leitura tradicional aqui na França. Quase todo mundo foi um dia forçado a ler um de seus livros na escola. É aquela leitura clássica, sempre presente nas aulas de literatura.

 

Ano: 1957 / Páginas: 217

Idioma: Francês 

 

SINOPSE

 

O livro mais bonito sobre amizade de infância - uma manhã de caça nas colinas. Marcel conhece o pequeno camponês, Lili des Bellons. Suas férias e toda a sua vida serão iluminadas.

 

O pequeno Marcel, após ternura familiar, descobriu a amizade com Lili, sem dúvida o mais querido de seus personagens.

 

O livro termina com um epílogo melancólico, uma comovente elegia ao tempo que passou. Pagnol faz vibrar as cordas com uma gravidade à qual raramente habituou seus leitores.

 

Eu ri de um menino da minha idade que me olhou com severidade.

 "Você não deve tocar nas armadilhas de outras pessoas", disse ele. Uma armadilha é sagrada!

- Eu não ia aceitar, eu disse. Eu queria ver o pássaro. ' Ele se aproximou; era um pequeno camponês. Ele era moreno, com uma bela risada provençal, olhos negros e longos cílios de menina.

terça-feira, 25 de outubro de 2022

RESENHA - Contos de Terror do Navio Negro (Tales of Terror from the Black Ship)

 

Aqui um livro para quem busca uma leitura rápida. É ainda mais perfeito para o mês de outubro/ Halloween. São contos de terror. Não só isso, o livro traz estranhas ilustrações que dão um caráter ainda mais assustador a essa coleção. 

 


Em “Contos de Terror do Navio Negro”, Chris Priestley escreve cada história quase que com um estilo único. Os contos não têm relação direta uns com os outros, mas claro que existe uma ligação entre todo o desenrolar da história. Cabe ao leitor ficar atento aos detalhes, pois o final está para lá de sensacional. 

 


É um livro bem diferente do que estou acostumado. Tem um texto mais macabro, gótico, verdadeiras histórias que parecem ser lidas em voz alta. 

 

Ano: 2009 / Páginas: 256 

Idioma: inglês  

Editora: Bloomsbury Publishing 

 

SINOPSE 

No Old Inn, que se agarra precariamente ao topo de um penhasco acima de um oceano fustigado pela tempestade, duas crianças doentes são deixadas sozinhas enquanto seu pai busca o médico.  

 

Enquanto o pai está fora, tentando encontrar ajuda, Ethan e Cathy subitamente melhoram, quase que ao mesmo tempo em que lhes bate à porta um estranho em busca de abrigo, o jovem marinheiro Thackery. 

 

Para passar o tempo enquanto esperam pelo retorno do pai e o final da tempestade, Thackery passa a contar aos dois irmãos histórias de terror passadas no mar. Mas algo sobre este marinheiro deixa Ethan no limite, e ele fica cada vez mais agitado pelo retorno de seu pai.  

 

Somente quando a tempestade se dissipar, Ethan poderá relaxar - mas não por muito tempo, pois o novo amanhecer abre os olhos das crianças para uma verdade mais chocante, mais angustiante do que qualquer coisa que tenham ouvido na noite anterior.