Eu conheci a
história dos Escolhidos através da série de televisão, ainda bem no começo e me
apaixonei por essa aventura no espaço. Aos que assistem a série e como eu ainda preferem a primeira temporada, uma super dica de leitura são os livros em que a
série foi baseada. Apesar de bem diferentes da adaptação os livros são igualmente bons, e a Kass Morgan tem uma escrita cativante.
"Mas a verdade é que as coisas mais bonitas são as que mais podem
magoar."
O segundo livro da trilogia, Dia 21 é o meu favorito e por isso acho bem superior a série. É uma leitura agradável que oferece um conteúdo interessante
que não foi explorado na adaptação. Podem ler sem arrependimentos!
Umas
das minha cenas favoritas de Dia 21 é a cena final de quando os Colonos estão
abandonando a nave e semelhante ao naufrágio do Titanic, a ficção se utiliza da
realidade e cria um cena linda. As
naves a disposição da população eram poucas então as pessoas de Phoenix (classe
rica) foram as únicas que tiveram acesso no início, além disso enquanto as
pessoas tentam desesperadamente entrarem numa nave em direção a Terra, há um
violinista que continua tocando até Walden e Arcadia serem destruídas...
"O
dia em que a maioria dos pacientes ficava mais doente. O dia 21."
O volume 3, De Volta, encerra a
jornada da humanidade de volta ao planeta Terra, com um desfecho bem elaborado
e com bastante potencial para futuras continuações. E detalhe, tem algo
destruidor sobre duas pessoas super importantes na série que só é revelado no
livro...
"Os
cem logo não seriam mais os cem"
A primeira temporada de The 100 é basicamente os
três livros juntos e apesar da série ter ficado boa, uma temporada por livro
não seria má ideia... Assisti o
primeiro ano e amei, mas me desiludi com a temporada seguinte e com a protagonista. Daí que surgiu minha relação de amor e ódio com a Clarke...
Eu
iludido acreditando que tinha terminado todos os livros de The 100, aí de
repente surge um volume 4, Rebelião...
Depois dos rumos da segunda temporada
me senti frustrado com a série e a deixei de lado. Até que dois anos depois resolvi
dar uma segunda chance, e o que vi me surpreendeu. Na terceira temporada a
maior parte do tempo a série conseguiu se manter boa o suficiente, e reascendeu o meu
interesse que surgiu lá atrás com aquela temporada de estreia sobre os tais
"escolhidos" e toda aquela viagem rumo ao desconhecido.
A
capacidade de criar material novo me pareceu inesgotável o que tornou a terceira temporada melhor que a segunda, mas nada
superior a primeira. Ah, sim e essa temporada também marcou o início da versão Octavia assassina...
Será que alguém que já assistiu The 100 ainda consegue ouvir Radioactive do Imagine Dragons e não lembrar da Octavia saindo da nave?
Antes de assistir a quarta temporada recebi tantos spoilers que não esperava mais nada. Felizmente não lembrei dos spoilers e fiquei em choque com o final da temporada. E novamente surpreso com a capacidade dos produtores de adicionar conteúdo para as próximas temporadas.
Nessa quarta temporada ficou mais
evidente que The 100 funciona assim: todo mundo só fala da Clarke, Octavia e do
Bellamy mas no fim das contas quem faz a parada toda funcionar é a Raven!
A melhor personagem do ano é a Luna. Entra
no conclave apenas pra ficar com o bunker e deixar todos os outros morrerem na
radiação. Bem egoísta.
A coisa mais chata em The 100 é que
todo mundo quer sempre bancar o herói.
Sério isso é insuportável e na quarta temporada parece
que a Clarke e o Jasper estão competindo para o papel de personagem mais chato
da série.
Apesar de ter sido uma temporada extremamente apressada, com viagens ao
espaço acontecendo em menos de 3 minutos, o quinto ano da série rendeu um ano
mediano.
Imitando os acontecimentos da primeira temporada mais inúmeras reviravoltas o
show conseguiu uma completa revitalização, o que sem dúvida, garantindo mais
estórias para contar.
A trama da quinta temporada foi muito similar as demais: o eterno
embate de forças do bem e do mal que no fim das contas se mostram sendo
'farinha do mesmo saco'. O elemento 'guerra' apesar de já está visivelmente esgotado ainda é o
principal motor da trama. O enredo sofre com a falta de drama e romance, mas
insiste em repetir as sempre 'novas' lutas pelo poder.
Os personagens novos e antigos
compartilham das mesmas personalidades, as mesmas dores e os mesmos anseios.
Poucos se destacam no decorrer nos 13 episódios, e mesmo após 6 anos de
'hiatus' quase nada evoluiu.
A morte é reservada apenas para os figurantes, o que causa zero impacto
no público. Bellark nunca desapareceu completamente e continuo torcendo por:
NINGUÉM...
Com o final da sexta temporada,
concluo que The 100 tem material para continuar por mais infinitas temporadas.
A cada nova ano são adicionados elementos que tornam a trama cada vez mais
longe de terminar. Apesar de anunciar que a próxima temporada (7ª) será a
última eu vejo que ainda poderia ser explorada muita coisa. Desde outros 3
planetas além de Sanctum, até vida alienígena.
Quem hoje vê Os Escolhidos, nunca
imagina que a aventura que iniciou na volta para Terra chegaria tão longe. E
quando falo de distancia me refiro a ESPAÇO e TEMPO.
A série já experimentou de quase
tudo nos roteiros das seis temporadas: brincou de distopia pós-apocalíptica,
batalhas de clãs, inteligência artificial tentando dominar a humanidade (ou o
que sobrou desta), e mais recentemente chegou bem perto de Carbono Alterado, e ainda
prevejo que esse último ano será algo bem ao estilo de Prometheus, a busca pelo
Criador no espaço. Com o formato compacto de
13 episódios é uma boa opção para maratonar, e tentar não ter uma
overdose de personagem chato buscando redenção.
Nenhum comentário:
Postar um comentário