terça-feira, 22 de outubro de 2019

RESUMO| THE 100: LIVROS E SÉRIE




            Eu conheci a história dos Escolhidos através da série de televisão, ainda bem no começo e me apaixonei por essa aventura no espaço. Aos que assistem a série e como eu ainda preferem a primeira temporada, uma super dica de leitura são os livros em que a série foi baseada. Apesar de bem diferentes da adaptação os livros são igualmente bons, e a Kass Morgan tem uma escrita cativante.

"Mas a verdade é que as coisas mais bonitas são as que mais podem magoar."

            O segundo livro da trilogia, Dia 21 é o meu favorito e por isso acho bem superior a série. É uma leitura agradável que oferece um conteúdo interessante que não foi explorado na adaptação. Podem ler sem arrependimentos!
       Umas das minha cenas favoritas de Dia 21 é a cena final de quando os Colonos estão abandonando a nave e semelhante ao naufrágio do Titanic, a ficção se utiliza da realidade e cria um cena linda. As naves a disposição da população eram poucas então as pessoas de Phoenix (classe rica) foram as únicas que tiveram acesso no início, além disso enquanto as pessoas tentam desesperadamente entrarem numa nave em direção a Terra, há um violinista que continua tocando até Walden e Arcadia serem destruídas...


"O dia em que a maioria dos pacientes ficava mais doente. O dia 21."

            O volume 3, De Volta, encerra a jornada da humanidade de volta ao planeta Terra, com um desfecho bem elaborado e com bastante potencial para futuras continuações. E detalhe, tem algo destruidor sobre duas pessoas super importantes na série que só é revelado no livro...

"Os cem logo não seriam mais os cem"

            A  primeira temporada de The 100 é basicamente os três livros juntos e apesar da série ter ficado boa, uma temporada por livro não seria má ideia... Assisti o primeiro ano e amei, mas me desiludi com a temporada seguinte e com a protagonista. Daí que surgiu minha relação de amor e ódio com a Clarke...

Eu iludido acreditando que tinha terminado todos os livros de The 100, aí de repente surge um volume 4, Rebelião...

            Depois dos rumos da segunda temporada me senti frustrado com a série e a deixei de lado. Até que dois anos depois resolvi dar uma segunda chance, e o que vi me surpreendeu. Na terceira temporada a maior parte do tempo a série conseguiu se manter boa o suficiente, e reascendeu o meu interesse que surgiu lá atrás com aquela temporada de estreia sobre os tais "escolhidos" e toda aquela viagem rumo ao desconhecido.
            A capacidade de criar material novo me pareceu inesgotável o que tornou a terceira temporada melhor que a segunda, mas nada superior a primeiraAh, sim e essa temporada também marcou o início da versão Octavia assassina...
           


Será que alguém que já assistiu The 100 ainda consegue ouvir Radioactive do Imagine Dragons e não lembrar da Octavia saindo da nave?

            Antes de assistir a quarta temporada recebi tantos spoilers que não esperava mais nada. Felizmente não lembrei dos spoilers  e fiquei em choque com o final da temporada. E novamente surpreso com a capacidade dos produtores de adicionar conteúdo para as próximas temporadas.
            Nessa quarta temporada ficou mais evidente que The 100 funciona assim: todo mundo só fala da Clarke, Octavia e do Bellamy mas no fim das contas quem faz a parada toda funcionar é a Raven! A melhor personagem do ano é a Luna. Entra no conclave apenas pra ficar com o bunker e deixar todos os outros morrerem na radiação. Bem egoísta.
            A coisa mais chata em The 100 é que todo mundo quer sempre bancar o herói. Sério isso é insuportável e na quarta temporada parece que a Clarke e o Jasper estão competindo para o papel de personagem mais chato da série.



Apesar de ter sido uma temporada extremamente apressada, com viagens ao espaço acontecendo em menos de 3 minutos, o quinto ano da série rendeu um ano mediano.
Imitando os acontecimentos da primeira temporada mais inúmeras reviravoltas o show conseguiu uma completa revitalização, o que sem dúvida, garantindo mais estórias para contar.
A trama da quinta temporada foi muito similar as demais: o eterno embate de forças do bem e do mal que no fim das contas se mostram sendo 'farinha do mesmo saco'. O elemento 'guerra' apesar de já está visivelmente esgotado ainda é o principal motor da trama. O enredo sofre com a falta de drama e romance, mas insiste em repetir as sempre 'novas' lutas pelo poder.
            Os personagens novos e antigos compartilham das mesmas personalidades, as mesmas dores e os mesmos anseios. Poucos se destacam no decorrer nos 13 episódios, e mesmo após 6 anos de 'hiatus' quase nada evoluiu.
A morte é reservada apenas para os figurantes, o que causa zero impacto no público. Bellark nunca desapareceu completamente e continuo torcendo por: NINGUÉM...



            Com o final da sexta temporada, concluo que The 100 tem material para continuar por mais infinitas temporadas. A cada nova ano são adicionados elementos que tornam a trama cada vez mais longe de terminar. Apesar de anunciar que a próxima temporada (7ª) será a última eu vejo que ainda poderia ser explorada muita coisa. Desde outros 3 planetas além de Sanctum, até vida alienígena.
            Quem hoje vê Os Escolhidos, nunca imagina que a aventura que iniciou na volta para Terra chegaria tão longe. E quando falo de distancia me refiro a ESPAÇO e TEMPO.
            A série já experimentou de quase tudo nos roteiros das seis temporadas: brincou de distopia pós-apocalíptica, batalhas de clãs, inteligência artificial tentando dominar a humanidade (ou o que sobrou desta), e mais recentemente chegou bem perto de Carbono Alterado, e ainda prevejo que esse último ano será algo bem ao estilo de Prometheus, a busca pelo Criador no espaço. Com o formato compacto de  13 episódios é uma boa opção para maratonar, e tentar não ter uma overdose de personagem chato buscando redenção.


quarta-feira, 2 de outubro de 2019

CRÍTICA| 13 REASONS WHY



Antes de criticar 13 REASONS WHY é preciso ler o livro, ou assistir a série da Netflix. Eu fiz as duas coisas. Logo após a estreia da primeira temporada, a série se tornou sensação do momento para jovens e fãs de séries. O livro de Jay Asher é um fenômeno mundial há alguns anos e voltou com uma cara diferente. A série Netflix tem 13 episódios por temporada, uma coincidência com o número de razões? Acho que não!

Durante a leitura, acompanhamos a história de Hannah Baker, uma jovem que cometeu suicídio. Além disso, antes de cometer suicídio, Hannah deixou 7 cassetes e cada cassete conta um motivo que a levou a cometer suicídio.

"É necessário saber que não foi apenas um motivo, não foi um incidente isolado. Foram vários, e tudo se tornou uma bola de neve. Desde o momento em que a borboleta encontra o furação, foram diversas as tentativas de fugir. Mas no final, mesmo após uma última tentativa não foi suficiente"

A primeira temporada é um trabalho excepcional. O assunto da discussão, suicídio, é um tema muito importante do século XXI, e o autor conseguiu criar uma situação formidável para falar sobre o bullying. A abordagem me agradou muito e o desenvolvimento da história é surpreendente. Além de ser um exemplo de excelente adaptação de livro.

Confirmada uma segunda temporada, aguardei para ver que tipo de continuação dariam a  estória, diga-se de passagem desnecessária. Tentei assistir a segunda temporada assim que estreou e não consegui. Gostei muito do livro e como a primeira temporada foi adaptada. Quando a nova temporada veio, achei forçada.

Entretanto fiquei sem opção do que assistir e resolvi dar uma nova chance a segunda temporada de 13 Reasons Why. A pior coisa foi ver a Hannah versão fantasma, a trama está boa e voltar a ver a Hannah a partir da versão da história dos outros personagens é incrível, mas o Clay conversando com o fantasma da Hannah e muito sem noção.

O elenco se resumiu muito mais aos personagens masculinos e a abordagem da série para com assuntos sérios ainda soa um tanto superficial o que continua para a terceira temporada, que apesar de introduzir uma nova personagem feminina não consegue chegar a um equilibro. Novamente o final é forçado e longe da realidade.

Nunca foi preciso uma continuação, mas ainda temos uma quarta temporada para só assim encerrar o show. Nem sei o que esperar da quarta temporada....