sábado, 29 de dezembro de 2018

CRÍTICA| OUTLANDER



Outlander é uma das melhores séries do momento. A trama e o elenco são sensacionais. São 3 temporadas e nenhuma sinal de desgaste da estória. É um exemplo de adaptação bem-feita. Eu fã dos livros não tenho nada para reclamar, inclusive desse terceiro ano, que posso caracterizar como a temporada mais original da série até o momento. É única e em alguns momentos bastante diferente dos livros, o que em nada prejudicou a qualidade do show. Tudo está lá, mesmo que de una maneira um pouco diferente. 
Foi realmente um ano decisivo para a série e diferente de tudo já presenciado pelos fãs de Outlander. Distante dos ares frios da Europa e bem mais próximo do calor dos trópicos. A equipe técnica está de parabéns pela excelente qualidade das cenas no oceano, já que grande parte desse ano aconteceu dentro de navios. 
Houve uma grande redução dos arcos paralelos, e a trama focou principalmente no casal Claire e James, e em apresentar os personagens que terão uma maior participação na próxima temporada. 
O melhor episódio de certeza foi o 13. Não apenas por ter sido o último, mas por conta da atuação do Sam Heughan e da Caitriona Balfe. A maneira como a América foi apresentada aos telespectadores é formidável, com uma trilha sonora de fazer o coração tremer. 
Outlander é minha melhor recomendação de série. Quem ainda não assistiu tem disponível na Netflix. É realmente um arraso! 

RESENHA| ÁGUA PARA ELEFANTES



'a vida é o maior espetáculo da Terra' 

O clássico romance proibido em que uma das partes é casada e a outra um jovem solteiro, encantador e ruivo. Agora acrescente um marido agressivo, e todos eles trabalhando para o Circo dos Irmãos Benzini, O Maior Espetáculo da Terra! 
Gostou da ideia? Então Água para Elefantes é isso. Um Jacob Jankowski de 90/93 anos em uma casa de repouso lembrando da época em foi contratado por um circo para cuidar dos animais e dar água aos elefantes. Detalhe: o circo ainda não tinha sequer um elefante... 
Tudo isso aconteceu por conta de um acidente de carro que deixou o jovem Jacob órfão e sem nenhum tostão no bolso. Aos 23 anos ele se vê obrigado a largar a faculdade de veterinária antes dos testes finais e embarcar em um trem cujo destino nem ele mesmo sabia. 
Como nem tudo na vida é tristeza, o Jacob acaba sendo contratado como veterinário do circo. Trabalhando sob o comando do chef do setor dos animais, o impetuoso August, Jacob passa a conhecer melhor a esposa do sujeito, a estrela do número dos cavalos, Marlena. 
Mais tarde o dono do circo, o Tio Al, compra a elefanta Rosie e assim Jacob e Marlena passam a trabalhar cada vez mais juntos. 
O romance surge entre troca de olhares e conversas banais, mas a autora consegue deixar tudo mais misterioso e encantador. 
A prosa da Sara Gruen é leve e capaz de manter a atenção do leitor do início ao fim. Uma leitura tão rica em detalhes que chega a soar como real. 
Por último, ler Água Para Elefantes foi uma pequena conquista na minha vida literária. Assisti ao filme em 2012 e desde então programei de ler o livro. O interesse foi graças ao elenco perfeito da adaptação que contou com Reese Witherspoon, Robert Pattinson e Christopher Waltz, com direção de Francis Lawrence.  


CRÍTICA| The Man in the High Castle


O terceiro ano da série marcou um novo começo para a trama. Algo totalmente diferente dos anos anteriores, que inclusive abre precedentes para os anos vindouros...
As realidades alternativas (multiverso) ganharam mais destaque, mostrando ser o principal motor do show. O enredo tornou-se mais denso, mais sombrio, mais cruel. Mais audacioso...
A produção não hesitou em matar personagens queridos, além de trazer um elenco mais diversificado (de figurantes, pelo menos). O show tornou-se menos conservador (finalmente!) e mais cheio de ficção científica! 
O seriado, como aconteceu com The Walking Dead ano passado, sofreu de um sério problema de iluminação. As cenas estavam muito mais escuras, além do ar sombrio típico da série. Por vezes era impossível reconhecer muitos detalhes na cena por conta de isso.
A nossa heroína, dona das realidades alternativas, Juliana Crain continua como minha preferida. Perspicaz e sedutora, ela faz a série acontecer. Houve maior desenvolvimento dos co-protagonistas, Ed e Robert Childan, personagem característico dos livros. Além da Helen Smith que ganhou uma estória sensacional. Do lado japonês, o Inspetor Chefe Kido continua insuportável, fazendo questão de querer se intrometer em tudo sem saber de nada! Tagomi-san se mostrou de grande utilidade e cada vez mais disposto a impedir uma 3ª Guerra Mundial com precedentes em diferentes dimensões.

Sem dúvidas um ano excelente para a adaptação do Phillip K. Dick e que espero de coração o retorno em 2019.