segunda-feira, 24 de maio de 2021

Resenha| O TIMBRE (The Toll)

 


Há sempre muita emoção envolvida ao terminar um livro, principalmente quando se trata de uma trilogia. Nesses últimos dois meses desde que aceitei o desafio do clube do livro de pela primeira vez se aventurar em um livro com continuação, em termos de leitura, me dediquei unicamente ao Arco dos Ceifadores.


O Timbre, em quantidade de páginas é o maior dos três, com suas mais de 500 folhas. Agora ao concluir o terceiro volume não poderia estar mais contente com o objetivo alcançado. Foram 3 livros lidos seguidamente e unicamente em formato digital!

 

Embora se aproxime de um calhamaço, este é o título mais fraco da série e permanece como uma excelente obra apenas pelo feito de conseguir entregar um final satisfatório e diferente do esperado. As falhas são facilmente esquecidas em vista dos últimos capítulos que são verdadeiramente cativantes.

 

Três anos depois do incidente que ceifou a vida de todos os visitantes da ilha de Endura, Rowan e Citra continuam desaparecidos. A Nimbo-Cúmulo decidiu se silenciar, deixando o mundo cada vez mais de volta às mãos dos humanos e dos planos do Ceifador Goddard e seus seguidores entusiastas do prazer de matar.

 

Em meio ao caos de um mundo que cada vez se assemelha mais aos dias mortais, a resposta talvez esteja na nova e misteriosa tríade de tonistas: o Tom, o Timbre e a Trovoada (Tone, the Toll, and the Thunder).

 

O terceiro volume ao apresentar a tríade foi a cereja do bolo e atestado definitivo de que o Neal Shusterman projetou minuciosamente a narrativa para o Arco dos Ceifadores Excelentes conexões são desenvolvidas dentre os três títulos e mesmo as ideias que foram colocadas apenas no último livro evoluíram bastante ao longo da narrativa.


 

Inicialmente essa adição exagerada de novos elementos força a narrativa a acontecer em vários lugares e diferentes linhas temporais. Por conta disso, os protagonistas passam mais da metade do livro com importância reduzida, e os personagens secundários passam a ter uma maior participação.  Por sorte o autor soube desenvolver bem cada novo nome introduzido na trama. Enfim, o que parece confuso e lento logo no início termina de forma surpreendente.

 

Sem sombras de dúvidas 100% distopia. Em todos os livros da trilogia Ceifador os finais são sempre excelentes. Aquele tipo encerramento verdade destruidor!

 

Ano: 2019 / Páginas: 544

Idioma: inglês

Editora: Simon & Schuster for Young Readers

 

CITAÇÕES FAVORITAS:

 

“What is it about us, Munira?” Faraday said. “what drives us to seek such lofty goals, yet tear out the foundations? Why must we always sabotage the pursuit of our own dreams?”
“We are imperfect beings,” Munira said, “How could we ever fit in a perfect world?”


 

"O que há sobre nós, Munira?" Faraday disse. “O que nos leva a buscar objetivos tão elevados, mas arrancar os alicerces? Por que devemos sempre sabotar a busca de nossos próprios sonhos?”

“Somos seres imperfeitos”, disse Munira, “Como poderíamos nos encaixar em um mundo perfeito?”


"O que em nós faz com que busquemos propósitos tão elevados, mas destruamos os alicerces? Por que sempre sabotamos nossos próprios sonhos?"

Mas de tão perfeito, a imperfeição humana ainda prevalece

 

o poder pelo poder é um vício ardente [...]

 

quando você se torna a arma, você não é nada mais do que uma ferramenta nas mãos de outra pessoa.

 

Because believing in nothing is still believing in something —and only by reaching eternity will anyone know the truth of it all.


 

Porque não acreditar em nada ainda é acreditar em algo - e somente alcançando a eternidade é que alguém saberá a verdade de tudo isso.

 

In a year that is yet to be named, she opens her eyes.

“When was that?” Citra asks.

“Only a moment ago,” Rowan tells her. “Only a moment ago”

Em um ano que ainda não foi nomeado, ela abre os olhos.

"Quando foi isso?" Citra pergunta.

“Apenas um momento atrás,” Rowan diz a ela. “Apenas um momento atrás”

 

Sometimes death leads to public oblivion. Other times it can make you larger than life.

Às vezes, a morte leva ao esquecimento público. Outras vezes, pode torná-lo maior do que a própria vida.

 

"O erro é uma parte intrínseca da condição humana, e isso é algo que amo profundamente na humanidade."