quarta-feira, 23 de dezembro de 2020

TOP 10| LITERATURA AMERICANA AINDA POUCO CONHECIDA NO BRASIL



Duro trabalho de organizar livros em listas. As vezes foge a mente o motivo para colocá-los todos juntos baixo um único título. Desta vez separei alguns livros lançados em língua inglesa e que podem não ser tão conhecidos no Brasil. Alguns são verdadeiros clássicos, outros são conhecidos apenas por suas adaptações para o cinema ou televisão.



O meu favorito é "Os deixados para trás", título original: The Leftovers. É uma leitura interessante e bem única, apesar de não ter um final muito surpreendente. O autor sabe criar personagens e manter a trama com um ritmo bem legal. A obra foi adaptada para o formato de série pela HBO e teve três temporadas.



Outro que gosto muito é "O Homem do Castelo Alto" ou The Man in The High Castle no original. O livro pode não ser lá essas coisas, mas a série lançada pela Amazon conseguiu trabalhar melhor a ideia do Phillip K. Dick. O programa teve 4 temporadas, sendo encerrado em 2020.



Obsessão (The Paperboy) do autor Pete Dexter é um suspense maravilhoso. O final foi sem dúvida destruidor. Apesar de tudo o filme é melhor (o roteiro foi escrito pelo autor)! A narrativa merece um lugar ao lado de A Garota Exemplar na estante. Realmente não existem homens íntegros.



Ainda falando de filmes, temos "Argo", ou como a Cia e Hoolywood realizaram o mais estranho resgate da história. essa obra em especial foi uma leitura bem sofrida para mim. Me senti obrigado a ler porque ganhei de presente de um amigo, e além disso foi o livro que deu origem ao filme ganhador do Oscar de Melhor Filme de 2012. O livro é bem ruim, mas o Ben Affleck conseguiu transformar a história em um excelente filme, então meio que vale a pena ler.



As crônicas marcianas é uma ótima opção para quem curte ficção científica espacial. O autor é mestre em finais surpreendentes e nessas 298 consegue apresentar uma perfeita reflexão sobre o poder auto destrutivo do homem e seu estado passageiro no universo.

 

De início pode ser uma leitura arrastada mas melhora com o desenvolvimento da trama. Ao final é impossível não amar a narrativa ainda que de forma indescritível. A leitura é algo realmente mágico. Ray Bradbury que também é autor de Fahrenheit 451 e já ganhou um Oscar como roteirista em 1953 pelo roteiro de Moby Dick! Realmente um excelente escritor!



Outro grande nome da literatura em língua inglesa é Agatha Christie. Conhecida por inúmeros livros, A mansão Hollow foi a primeira vez que eu li Agatha Christie e fiquei absolutamente apaixonado. Viciei? Com certeza! Essa mulher realmente é a rainha do crime. Conseguiu me enganar direitinho durante 324 páginas.


Boêmios Errantes (Tortilla Flat) foi Prêmio Nobel de Literatura em 1962. Uma ótima leitura. Engraçado e realista. Clássico de verdade é o Médico e o Monstro. Publicado em 1886, a obra é do estilo terror, porém uma leitura rápida e fácil. A estória do Dr. Jekyll e Mr. Hyde chegou a ser usada em alguns episódios da quinta temporada de Once Upon A Time.


John Steinbeck, autor de Boêmios Errantes (Tortilla Flat).


Por últimos "Aeroporto 1977" do autor Michael Scheff e "O Rabino" de autoria de Noah Gordon estão entre os título menos conhecidos que eu li na vida. Aeroporto 1977 foi lançado com base no roteiro de um filme homônimo.  

 


1: Os deixados para trás - Tom Perrotta


O que aconteceria se, de repente, sem nenhuma explicação, pessoas simplesmente desaparecessem, sumissem no ar? É o que os perplexos moradores de Mapleton, que perderam muitos vizinhos, amigos e companheiros no evento conhecido como Partida Repentina, precisam descobrir.


Desde o ocorrido nada mais está do mesmo jeito — nem casamentos, nem amizades, nem mesmo o relacionamento entre pais e filhos. O prefeito da cidade, Kevin Garvey, quer acelerar o processo de cura, trazer um sentimento de esperanças renovadas e propósito para sua comunidade traumatizada. Ainda que sua família tenha sido desfeita com o desastre: sua esposa o deixou para se juntar a um culto cujos membros fazem voto de silêncio; seu filho, Tom, abandonou a faculdade para seguir um profeta duvidoso chamado Santo Wayne; e sua filha adolescente, Jill, não é mais a dócil estudante nota dez que costumava ser.


Em meio a tudo isso, Kevin ainda se vê envolvido com Nora Durst, uma mulher que perdeu toda a sua família no 14 de Outubro e continua chocada com a tragédia, apesar de se esforçar para seguir adiante e recomeçar a vida. Com emoção, inteligência e uma rara habilidade para enfatizar os problemas inerentes à vida comum, Tom Perrotta escreve um romance impressionante e provocativo sobre amor, conexão e perda.

 


2: O homem do castelo alto - Philip K. Dick


"Truth, she thought. As terrible as death. But harder to find".

 


Neste livro que é considerado por muito o melhor trabalho do autor, Dick apresenta um cenário sombrio: a Segunda Guerra Mundial foi vencida pelos Nazistas. O mundo vive sob o domínio da Alemanha e do Japão. Os negros são escravos. Os judeus se escondem sob identidades falsas para não serem completamente exterminados. É nesse contexto que se desenvolvem os dramas de vários personagens. Ao apresentar uma versão alternativa da história, Dick levanta a grande questão: “O que é a realidade, afinal?”



3: Obsessão - Pete Dexter


Hillary Van Wetter foi preso pelo homicídio de um xerife sem escrúpulos e está, agora, aguardando no corredor da morte. Enquanto espera pela sentença final, Van Wetter recebe cartas da atraente Charlotte Bless, que está determinada a libertá-lo para que eles possam se casar. Bless tentará provar a inocência de Wetter conquistando o apoio de dois repórteres investigativos de um jornal de Miami: o ambicioso Yardley Acheman e o ingênuo e obsessivo Ward James.




As provas contra Wetter são inconsistentes e os escritores estão confiantes de que, se conseguirem expor Wetter como vítima de uma justiça caipira e racista, sua história será aclamada no mundo jornalístico. No entanto, histórias mal contadas e fatos falsificados levarão Jack James, o irmão mais novo de Ward, a fazer uma investigação por conta própria. Uma investigação que dará conta de um mundo que se sustenta sobre mentiras e segredos torpes.


Best-seller do The New York Times, Paperboy é um romance gótico sobre a vida aparentemente sossegada das cidades do interior. Um thriller tenso até a última linha, que fala de corrupção e violência, mas que, ao mesmo tempo, promove uma lição de ética.

 


4: Argo - Antonio Mendez


Em 4 de novembro de 1979, os funcionários da embaixada dos Estados Unidos em Teerã são surpreendidos pela invasão de um grupo de militantes, que faz 52 reféns. Em meio à confusão, seis diplomatas conseguem escapar e encontram refúgio na residência do embaixador do Canadá. Mas Tony Mendez, especialista em disfarces da CIA, sabe perfeitamente que é apenas uma questão de tempo até que sejam encontrados.



Para retirá-los do país, ele concebe um plano muito arriscado, digno de cinema. Disfarçando-se de produtor de Hollywood e apoiado por um elenco de agentes secretos, falsificadores e especialistas em efeitos especiais, Mendez viaja para Teerã a pretexto de encontrar a locação perfeita para um falso filme de ficção científica chamado Argo. Neste livro, ele revela todos os detalhes da complexa operação que aliou o alto escalão de Hollywood ao mundo da espionagem.



5: As crônicas marcianas - Ray Bradbury


Nessa aventura interestelar Ray Bradbury apresenta uma Marte totalmente diferente da que conhecemos hoje. Escrito em forma de contos na década de 50, a obra reúne 26 contos que narram o processo de colonização marciana entre os anos de 1999 a 2026. As histórias são bem curtas e algumas chegam a ter apenas uma página e se ocupam de diversos assuntos do dia-a-dia marciano.



É interessante observar que como se trata de textos escritos a mais de 60 anos por um homem branco eles costumam ter quase nenhuma representatividade feminina. As mulheres quando aparecem é no papel de esposas, boas donas de casa e filhas. Entretanto Bradbury também toca em algumas feridas da sociedade americana da época como o racismo, a xenofobia e a relação conquistador-conquistado, que claramente é uma representação do homem branco sobre os índios.


Ah, e meu conto favorito é o do cidadão que sai dos Estados Unidos para abrir uma barraquinha de cachorro quente em Marte. Tem como ser mais americano que isso?



6: A mansão Hollow - Agatha Christie


"Para a mente científica, a verdade vem em primeiro lugar. A verdade, por mais amarga que seja, pode ser aceita e tecida num padrão de vida"


Poirot é convidado para almoçar na mansão Hollow em um fim-de-semana organizado pela anfitriã, Lady Lucy Angkatell. Quando chega, ele encontra uma autêntica cena do crime, mas em um primeiro momento pensa que é uma representação para comemorar a sua presença.




O jovem Dr. John Christow está deitado com a cabeça numa poça de sangue ao lado da piscina. Perto dele está a sua tímida mulher com uma arma na mão.



7: Boêmios Errantes - John Steinbeck


"O amor é como o vinho. Muito, tanto de um como de outro, faz um homem ficar doente"

 

Primeiro sucesso de público de Steinbeck. Os tristes anos pós-depressão pediam histórias leves e engraçadas, mas isso apenas não explica o sucesso dessas narrativas sobre Danny e seus amigos. O romance é lírico e apresenta a história da amizade de um grupo. Eles são unidos como Robin Hood e seu grupo, ou como o Rei Artur e os cavaleiros, e o autor diz um tanto jocosamente no prefácio, que publicou o livro para que no futuro os estudiosos não digam que esses personagens - tipos que ele conheceu em sua adolescência, diz ainda - são apenas lenda. Esses rapazes pobres, caçadores de mulheres e amantes do vinho, são paisanos: uma mistura de espanhol, índio, mexicano e várias espécies de sangue caucásico. Viverão juntos na já mítica casa de Danny, até o incêndio que dá fim a esse idílio.



8: O médico e o monstro - Robert Louis Stevenson




Um clássico de mistério e horror. As suspeitas começaram quando Mr. Utterson, um circunspecto advogado londrino, leu o testamento de seu velho amigo Henry Jekyll. Qual era a relação entre o respeitável Dr. Jekyll e o diabólico Edward Hyde? Quem matou Sir Danvers, o ilustre membro do parlamento londrino? Assim começa uma das mais célebres histórias de horror da literatura mundial.



A história assustadora do infernal alter ego do Dr. Jekyll e da busca através das ruas escuras de Londres que culmina numa terrível revelação. "Dr. Jekyll e Mr. Hyde" é um clássico entre os clássicos de horror e mistério. O escocês Robert Louis Stevenson é considerado um dos maiores escritores da literatura mundial. Inexcedível no gênero de romances de aventuras, é autor da "A ilha do tesouro" (1883), um dos livros mais célebres de todos os tempos.



9: Aeroporto 1977 - Michael Scheff



O milionário Philip Stevesn havia construído o avião mais luxuoso de todos os tempos. Transportando seus quadros mais preciosos, lotado de amigos e parentes, o voo inaugural era um triunfo da engenharia mais avançada, mas sem qualquer aviso, o 747 afastou-se de sua rota. Em poucos instantes, a magnífica aeronave era uma carcaça inerte, presa num dos pontos mais inacessíveis do mundo: o triangulo das Bermudas.



10: O Rabino - Noah Gordon

 

Nos Estados Unidos, o rabino Michael Kind apaixona-se por Leslie, a bela filha de um pastor. Por amor, ela converte-se ao judaísmo. O casal desafia a comunidade judaica com suas ideias liberais.


DASH & LILY E O CADERNINHO DE DESAFIOS| LIVRO x SÉRIE



Uma leitura de Natal. Uma estória de aquecer o coração, com direito a todos os clichês exageradamente adolescentes. O resultado não poderia ser outro: P-E-R-F-E-I-T-O!


Rachel Cohn e David Levithan formam uma super dupla para escrever estórias de amor. Inclusive esse não é o primeiro livro fruto dessa parceria e nem o último. A trama é bem fofinha e com momentos realmente hilários. O texto está bem escrito, é autenticamente jovem e contemporâneo, e por isso bem levinho. Difícil de largar antes do final.




Lily ama o natal, neve, agasalhos, cookies, bonecos de neve e corais natalinos. Mas neste Natal ela quer algo mais. Lily quer se apaixonar. Decidida a buscar o rapaz ideal, ela deixa um pequeno caderno em uma das livrarias mais movimentas de Nova York.



Dash por outro lado quer apenas aproveitar o feriado natalino sem grandes aspirações. Pouco antes da véspera de Natal ele encontra um caderninho vermelho entre os diversos livros de sua livraria favorita. Logo nas primeiras páginas do Moleskine vermelho se depara com o primeiro desafio.

“Eu deixei algumas pistas para você.

Se você as quiser, vire a página.

Se não, coloque o caderno de volta na prateleira, por favor.”


Ao aceitar seguir o primeiro desafio, os dois começam a se corresponder, sem que Lily saiba a identidade de Dash. Nas folhas do caderninho eles trocam segredos, contam dos sonhos, desafios e desejos para o futuro.



A história se passa entre 21 de Dezembro e 01 de Janeiro e tem todo aquele clima natalino estadunidense. Os capítulos são alternados entre o ponto de vista de Dash e o ponto de vista de Lily. David Levithan escreveu o texto para Dash, e Rachel Cohn foi responsável por Lily.



A melhor parte do livro são os vários questionamentos dos protagonistas acerca da pessoa ideal. Como eles nunca se conheceram para além das páginas do caderninho,  a narrativa trata muito das expectativas de cada um.

 


O romance foi adaptado pela Netflix esse ano, no formato de série. A produção está ótima. Muita coisa está diferente, mas um diferente para melhor. O livro é de 2010, então a série lançada agora 10 anos depois atualizou bastante coisa da obra original.



O seriado, como todos os que estão sendo lançados pela Netflix nos últimos anos está com um elenco bem diversificado. A protagonista que sempre era representada pelo estereótipo de norte-americana branca e loira, na série é interpretada por uma atriz de ascendência japonesa. Outros personagens que no livro imagina-se que sejam todos brancos, na série são interpretados por atores e atrizes latinos e negros.



Nova York em clima natalino está lindíssima. As luzes e os figurinos são a melhor parte. Os trajes de inverno estão perfeitos!

 

O programa foi feito no meu modelo favorito: 8 episódios de 23 minutos cada um. Os episódios são quase que alternados entre Dash e Lily, como acontece no livro. Mais interessante ainda é ver o melhor momento mostrado do ponto de vista de cada um.



A Netflix já garantiu uma continuação, que provavelmente será baseada no segundo livro de Dash e Lily, intitulado "The Twelve Days of Dash and Lily", então promete ser igualmente boa.

 

Ano: 2010 / Páginas: 272

 

MINHAS CITAÇÕES FAVORITAS:


"Mas meu presente para mim mesmo naquela véspera de Natal era um retiro completo do mundo. Não liguei a TV. Não liguei para nenhum amigo. Não verifiquei meu e-mail. Nem olhei pela janela. Só o que fiz foi apreciar a solidão. Se Lily queria acreditar que havia alguém lá fora só para ela, eu queria acreditar que poderia ser alguém aqui dentro só para mim."


"Sou a única pessoa que se dá bem com todo mundo; no sentido de não ser amiga de ninguém."

"Me disseram que não dá para voltar atrás. Então escolhi seguir em frente."



"A recompensa está no risco. Não pode ficar escondida debaixo da capa protetora do vovô para sempre. Parecia que você precisava crescer longe daquilo por um tempo."


"As pessoas importantes em nossas vidas deixam marcas. Elas podem ficar ou não no plano físico, mas existem para sempre no coração, porque ajudaram a formá-lo. Não dá para esquecer isso."


"Agora você tem sua tarefa de escrever. Porque, quer saber? Depende de você, não do destino."


 “Ele come iogurte?" Mark perguntou. "Que tipo de adolescente ele é?"

"Tolerante à lactose!" Boomer disse. "Dash ama iogurte, e qualquer coisa com creme, e gosta especialmente de queijos espanhóis."

Mark virou-se para mim consoladoramente. "Lily. Querida. Você não acha que esse Dash pode não ser hétero?"



"Postcard 4: Times Square na Véspera de Ano Novo - Em um campo, eu sou a ausência de campo. Numa multidão, eu sou a ausência de multidão. Em um sonho, eu sou a ausência de sonho. Mas eu não quero viver como uma ausência. Eu me movo para manter as coisas inteiras. Porque às vezes eu me sinto bêbado de positividade. Às vezes me sinto maravilhado com o emaranhado de palavras e vidas, e quero fazer parte desse emaranhado. "Acabou o jogo", você diz, e eu não sei o que eu devo fazer mais questão - o fato de você dizer "isso acabou", ou o fato de você dizer que é um jogo. Só acaba quando um de nós manter o livro para si. É apenas um jogo se há uma ausência de significados. E já fomos longe de mais para isso.

Só dois postcards restando."

"I mean, what if love isnt a yes-or-no question? Its not either youre in love or youre not. I mean, arent there different levels? And maybe these things, like words and expectations and whatever, dont go on top of the love. Maybe its like a map, and they all have their own place, and then when you see it from the sky whoa."

"Quero dizer, e se o amor não for uma pergunta de sim ou não? Não é ou você está apaixonado ou não. Quero dizer, não existem níveis diferentes? E talvez essas coisas, como palavras e expectativas e tudo o mais, não vão no topo do amor. Talvez seja como um mapa, e todos eles têm seu próprio lugar, e então quando você vê-lo do céu, uau. "



There’s no 'I' in team, as the saying goes.


“Listen to me: I never married because I was too easily bored. It’s an awful, self-defeating trait to have. It’s much better to be too easily interested.”

“Ouça-me: nunca me casei porque ficava entediado facilmente. É uma característica terrível e autodestrutiva de se ter. É muito melhor se interessar facilmente. ”

 

Maybe, I thought, it’s not distance that’s the problem, but how you handle it.

Talvez, pensei, não seja a distância que seja o problema, mas como você lida com isso.

 

“Being alone has nothing to do with how many people are around”

“Estar sozinho não tem nada a ver com quantas pessoas estão por perto”

 From Richard Yates’s Revolutionary Road

 


Good morning! And happy day before the day before the day before the day before Christmas!” And so on until the real day.

Bom Dia! E feliz véspera da véspera da véspera do Natal! ” E assim por diante até o dia real.

 

I figured being a bed salesman was a job of biblically bad paradox. I mean, here he was, forced to stand for eight or nine hours a day, and the whole time he’s surrounded by beds.

Achei que ser vendedor de camas era um trabalho com um paradoxo biblicamente ruim. Quero dizer, aqui estava ele, forçado a ficar em pé por oito ou nove horas por dia, e o tempo todo ele estava cercado por camas.

 

I was a firm believer in preventative prevarication—in other words, lying early in order to free myself later on.

Eu acreditava firmemente na prevaricação preventiva - em outras palavras, mentir cedo para me libertar mais tarde.

 


Making love without noise is like playing a muted piano—fine for practice, but you cheat yourself out of hearing the glorious results.

Fazer amor sem barulho é como tocar um piano sem som - bom para a prática, mas você se engana ao não ouvir os resultados gloriosos.

 

“You think fairy tales are only for girls? Here’s a hint—ask yourself who wrote them. I assure you, it wasn’t just the women. It’s the great male fantasy—all it takes is one dance to know that she’s the one. All it takes is the sound of her song from the tower, or a look at her sleeping face. And right away you know—this is the girl in your head, sleeping or dancing or singing in front of you. Yes, girls want their princes, but boys want their princesses just as much. And they don’t want a very long courtship. They want to know immediately.”

“Você acha que contos de fadas são só para meninas? Aqui está uma dica: pergunte a si mesmo quem os escreveu. Garanto a você, não foram apenas as mulheres. É a grande fantasia masculina - basta uma dança para saber que ela é a única. Tudo o que é preciso é o som de sua canção vindo da torre ou um olhar para seu rosto adormecido. E imediatamente você sabe - esta é a garota em sua cabeça, dormindo ou dançando ou cantando na sua frente. Sim, as meninas querem seus príncipes, mas os meninos também desejam suas princesas. E eles não querem um namoro muito longo. Eles querem saber imediatamente. ”



“But it is not just the sex, or remembered sex, that makes me think I love M. W. (...), now, seventeen years too late. It is the way he refused to own me, no matter how much I tried to be owned. It was the way he would not take me, he would only meet me, and that only ever halfway.”

“Mas não é só o sexo, ou a lembrança do sexo, que me faz pensar que amo M. W. (...), agora, dezessete anos tarde demais. É a maneira como ele se recusou a me possuir, não importa o quanto eu tentei ser possuída. Era o jeito que ele não me levaria, ele só me encontraria, e só na metade do caminho. ”

Anne Enright’s The Gathering