segunda-feira, 9 de novembro de 2020

TOP 10| AS MELHORES SÉRIES QUE ASSISTI EM 2020

1 - MIDNIGHT GOSPEL



The Midnight Gospel é uma série animada de ficção científica estadunidense, sobre entrevistas de temas filosóficos reais, criada por Pendleton Ward e Duncan Trussell, lançada na Netflix em 20 de abril de 2020. 

 

Midnight Gospel tem os melhores diálogos possíveis, e deve ser assistido com muita atenção. Os temas variam desde meditação, drogas, morte, religião e ego, mas são suavizados nas vozes de personagens divertidos e uma paleta de cores quase psicodélica. É oficialmente minha animação favorita. Apenas 8 episódios de 20 minutos de duração cada. Do jeito que eu gosto...




Na trama o jovem Clancy tem um simulador de planetas que ele usa para visitar outras realidades enquanto entrevista seres espaciais para o seu spacecast. Um podcast no espaço. Esse formato de podcast permite que seja possível apenas ouvir o desenho; uma experiência cujo foco são as conversas desenvolvidas. É um desenho com comentários bem filosóficos e uma ótima dica para quem busca algo rápido, mas que não seja totalmente superficial. Ideal para quem quer conversar.

 

2 - NORMAL PEOPLE



Normal People é uma série dramática de televisão irlandesa produzida pela Element Pictures para a BBC Three e a Hulu em associação com a Screen Ireland. Baseado no romance de mesmo nome de Sally Rooney. A série é uma produção da Hulu e conta com 12 EPISÓDIOS com duração aproximada de 30 minutos cada.

 

Dura pouco, e após o fim fiquei preso em um loop de ver vídeos do Connell e da Marianne com uma música romântica/ triste de fundo. Ótimo dica para quem busca um drama com romance apimentado e uma sobre dose de sotaque irlandês. Uma produção que soube explorar as melhores nuances do romance de Sally Rooney e com isso conseguiu transformar a adaptação em uma verdadeira obra de arte. A série reproduziu as conversas entre Marianne e Connell de maneira quase idêntica ao texto.



Não somente os diálogos, mas toda a construção do roteiro é extremamente fiel ao livro. Acredito que um ponto positivo para o seriado é a capacidade de tornar as emoções mais tangíveis, mais verossímeis. O minimalismo de cada cena. A câmera percorrendo as mãos, os sapatos, o olhar de cada personagem.

 

A fotografia é belíssima, as cores em tons pastel combinando com as localidade de gravação é um colírio para os olhos. Paul Mescal (24) e Daisy Edgar-Jones (21) foram um ótimo casal nas telas o que torna a amizade colorida entre Connell e Marianne convincente.



3 - THE RAIN

 

The Rain é uma série de televisão de ficção científica pós-apocalíptica dinamarquesa criada por Jannik Tai Mosholt, Esben Toft Jacobsen e Christian Potalivo. A primeira temporada da série, composta por oito episódios, foi lançada na Netflix em 4 de maio de 2018.

 

Um misterioso vírus transmitido pela chuva atinge à cidade de Escandinávia, na Dinamarca. A jovem Simone e seu Irmão, Rasmus, são levados ao um Bunker subterrâneo, construído pelo seu pai, Frederick, que os deixa prometendo voltar, quando conseguir a cura para o vírus. Seis anos depois do vírus catástrofe transmitido pela chuva acabar com quase todos os humanos, na Escandinávia, os irmãos dinamarqueses, Simone e Rasmus, viveram e cresceram em seu bunker, sem nenhum contato com mais nenhum ser vivo, além de um ao outro. Simone, cuida de Ramus como se fosse a sua mãe , e Rasmus ainda é muito imaturo. O rapaz não aguenta mais viver preso e um dia resolve fugir do bunker.


 

Comecei a assistir THE RAIN porque é o meu tipo de série: um mundo pós apocalíptico e pessoas tentando sobreviver. A premissa é boa mas me decepcionei bastante com o primeiro episódio. Continuei e acabei gostando (e muito!).

 

A série poderia ter sido melhor desenvolvida se fosse apenas a Simone e o irmão. Mas os roteiristas inventaram de colocar um cara com síndrome de herói badass que acabou roubando todo o protagonista da Simone. Próximo do fim da primeira temporada a série comete o maior erro ao matar a melhor personagem e o final da final da primeira temporada FICOU MUTO RUIM!




O programa se redimiu em sua segunda temporada, e diferente da primeira não houve uma diferença muito grande na qualidade dos episódios. Todos os seis estão muito bons. O foco desse novo ano deixou de ser A CHUVA (the rain) e na minha opinião a série agora deveria se chamar THE VIRUS. O final é previsível, mas nem por isso deixa de ser bom.

 

Terceira temporada com um visual bacana e paisagens de tirar o fôlego. Um excelente final reafirmando que o formato 3 temporadas de 6-8 episódios é suficiente para contar uma boa estória. Conseguiu manter um nível mediano durante as três temporadas, e uma trama interessante.

 

4 - THE UMBRELLA ACADEMY



The Umbrella Academy é uma série de televisão norte-americana desenvolvida por Steve Blackman para a Netflix. É uma adaptação da série de quadrinhos The Umbrella Academy criada por Gerard Way e o quadrinista brasileiro Gabriel Bá, publicada pela Dark Horse Comics e que teve sua estreia em 15 de fevereiro de 2019.

No ano de 1989 o misterioso nascimento de 43 crianças de mães que não estavam inicialmente grávidas chama a atenção de um excêntrico milionário, Sir Reginald Hargreeves, que busca adotar quantas puder, ele consegue sete delas, dedica suas infâncias à treinamento de combate ao crime, o que os torna emocionalmente distantes da própria família e posteriormente os afasta. Anos mais tarde, o evento da morte do pai os reaproxima com as misteriosas circunstâncias de seu falecimento. O que não esperavam era o retorno de um irmão desaparecido há 17 anos, que traz com ele a notícia da iminência do apocalipse, o que os obriga a lidar com suas diferenças e trabalhar juntos.



Excelente segunda temporada. Uma continuação a altura do que foi o primeiro ano. The Umbrella Academy é sem dúvidas uma das minhas séries queridinhas. Com personagens carismáticos e que são capazes de dividir a opinião dos fãs. Diego e Lila foram meus preferidos. Klaus, interpretado pelo Robert Sheehan é patético. Acho que tenho um ranço do Sheehan desde Misfits. Muitos criticaram a inutilidade da Allison, mas pior que ela é o Luther e por isso eles formam o melhor casal possível. Créditos ao número Cinco, pois o Aidan Gallagher tem metade da idade do restante do elenco e dá um show de atuação e carisma. Vanya é a Vanya.

 

Gosto muito dessa vez temática de super heróis fora do convencional, e a série tem isso e uma trama igualmente interessante. Espero que uma próxima temporada venha logo, e que a produção siga acertando na escolha do elenco.

 

5 - THE BOYS



The Boys é uma série de televisão americana de super-heróis baseada na história em quadrinhos de mesmo nome de Garth Ennis e Darick Robertson. Desenvolvido por Eric Kripke para a Amazon, segue a equipe de vigilantes de mesmo nome que luta contra indivíduos superpoderosos que abusam de suas habilidades.

 

The Boys se passa em um universo onde indivíduos superpoderosos são reconhecidos como heróis pelo público em geral e pertencem à poderosa corporação Vought International, que os comercializa e monetiza. Fora de suas personas heróicas, a maioria é arrogante e corrupta. A série se concentra principalmente em dois grupos: os Sete, o principal time de super-heróis da Vought International, e os Rapazes / The Boys, vigilantes, que procuram manter os heróis corrompidos sob controle.

A primeira temporada tem um final fantástico. É bem parecida com The Umbrella Academy (Netflix) e tem uma abordagem igualmente bacana do papel dos super heróis na sociedade (diferente dos filmes da Marvel e da DC). Butcher e Homelander são insuportáveis. Butcher sobretudo por achar que todos os super são iguais. E Homelander por ser uma mistura de Capitão América com Superman que claramente deu errada.

 

Madelyn é a força da série, e o romance dela ao estilo síndrome de Édipo Rei é um dos vários exemplos de que a série é sim de pessoas com super poderes porém não foi feita para crianças. Franchie é um fofo e adorei o sotaque dele junto com as diversas falas em francês. 



Levei bastante tempo para ver a segunda temporada. Acho que a demora foi principalmente pela quantidade de spoilers que vi na internet, já que não acompanhei a série conforme os episódios foram lançados. Outro motivo é que não gostei do segundo ano como gostei do primeiro. Digo, a série está boa, mas não senti tanta vontade de saber o que ia acontecer. A trama estava muito simples e caminhou para um ponto final previsível.

 

O programa tem muita violência explícita e isso me incomoda. Muito sangue e carne humana recortada. Mas algo bacana é que nessa segunda temporada ficou mais claro que não há mocinhos nessa estória. Ambos os lados cometeram crimes e fizeram o possível para se proteger.

 

O elenco continua muito bom, e as novas adições apenas confirmam isso. Stormfront foi uma excelente personagem, e uma párea ao Homelander. Com a terceira temporada confirmada espero que Victoria Neuman e Ashley tenham  uma maior participação. Butcher é simplesmente insuportável, e o arco dele com a Becca foi surreal. A mulher ficou separada do marido por anos e ainda mantinha um amor platônico, capaz de ignorar o fato de que o marido não suportava o filho super que ela tinha.

 

Queen Maeve teve um desenvolvimento melhor na segunda temporada e um dos melhores arcos do programa - dos 7 ela é a mais sensata. Kimiko também apareceu mais e passou a ser uma personagem significante. Huggie e Starlight seguiram a relação complicada deles e que acrescenta pouquíssimo ao enredo. Outros personagens como Mother Milk e Franchie foram apenas satélites circulando ao redor de personagens importantes. A-Train e Deep passaram a temporada lidando com problemas pessoais e ficaram bem a parte do que realmente estava acontecendo.

 

6 - 3%

 

3% é uma série de televisão brasileira de ficção científica desenvolvida por Pedro Aguilera para a Netflix, estrelada por João Miguel e Bianca Comparato. Desenvolvida a partir de um episódio piloto independente lançado no YouTube em 2009.

 

O seriado foi a primeira produção da Netflix 100% nacional e, apesar ser uma obra de ficção futurística, mostra muito da realidade do nosso país no dias atuais, sobretudo o Brasil das desigualdades (elite vs povão). 3% também merece o crédito de ter sido uma série pioneira, gravada por completo em uma língua que não é o inglês. Sem dúvidas seu sucesso foi o responsável por abrir caminhos para muitas outras produções em diversos idiomas.

 

A série apresenta um mundo pós-apocalíptico, depois de diversas crises que deixaram o planeta devastado. Num lugar do Brasil, a maior parte da população sobrevivente mora no Continente, um lugar miserável, decadente, onde falta tudo: água, comida, energia e outros recursos. Aos 20 anos de idade, todo cidadão tem direito de participar do Processo, uma seleção que oferece a única chance de passar para o Maralto, onde tudo é abundante e há oportunidades de uma vida digna. Mas somente 3% dos candidatos são aprovados no Processo, que testa os limites dos participantes em provas físicas e psicológicas, e os coloca diante de dilemas morais.

O desenvolvimento da primeira temporada foi muito bom na estreia, apenas o final que deixou um pouco a desejar. No entanto o que mais chamou a atenção dos fãs no primeiro ano foi a falta de química entre os casais na trama. A segunda temporada elevou a qualidade do programa, tornando a produção uma das mais assistidas do serviço de streaming (considerando séries que não são em inglês). 

 

Os produtores conseguiram construir um enredo bem elaborado, sem a necessidade de tornar o programa muito complexo. A melhor personagem é a Joana, e outro grande atrativo do show são os próprios diálogos dos personagens, que eu considero uma forma de se comunicar bem brasileira.

 

Poderia ter terminado na terceira temporada, que na minha opinião foi uma das melhores. Teria sido legal fazer um trocadilho do tipo: a série que se chama 3% e tem três temporadas. Mas não foi assim. 3% surpreendeu ao chegar até uma quarta temporada. É uma das minhas queridinhas da Netflix, principalmente por se tratar de um programa do gênero distopia/ ficção. Vale a pena assistir. Ah, e dêem uma oportunidade ao que é made in Brazil!

 

7 - IRMÃO DO JOREL



 
Irmão do Jorel é uma série em desenho animado brasileira criada por Juliano Enrico e co-produzida pela Cartoon Network Brasil e a Copa Studio. A série foi originalmente vencedora de um pitching promovido pelo Cartoon Network brasileiro em 2009 para produção de novas animações nacionais. É a primeira animação original do Cartoon Network feita no Brasil e na América Latina.

A série mostra o cotidiano de uma família excêntrica e extravagante. Jorel é o filho do meio, com o cabelo sedoso e bem liso e uma maneira doce e atraente para ganhar meninas, que faz dele o cara mais popular da cidade. No entanto, o show não gira em torno dele, mas em torno de seu irmão mais novo, um garoto tímido (e sem ter seu nome citado) que sempre é chamado de "Irmão do Jorel". Sendo quase sempre ofuscado pela fama e popularidade de seu irmão mais velho, Irmão do Jorel tenta ganhar sua própria identidade e ser alguém importante da família.



Irmão do Jorel tem gostinho de infância. É bastante ingênuo, consegue ser engraçado com as piadas mais besteirol possível. 26 episódios de 10 minutinhos para quem tem pressa. Ótimo para maratonar.

 

A terceira temporada nunca chegou na Netflix então assisti pelo Youtube mesmo. Gostei bastante. Irmão do Jorel é uma das poucas animações que eu assisto e a única realmente infantil. Mostra muito da cultura brasileira. Inclusive é possível assistir cada capítulo individualmente pois o programa é quase cíclico.

 

8- THE WALKING DEAD

 

Na tentativa de colocar todas a séries em dia, voltei a ver The Walking Dead. The Walking Dead foi meu primeiro amor, primeiro vício e por isso não quis abandonar. Realmente do final da oitava temporada para a nona, muita coisa mudou. A boa notícia é que as cenas que se passam a noite já não estão mais tão escuras então é possível ver o que está acontecendo.




As consequências do desligamento de Andrew Lincoln (Rick Grimes) em 2019 foram as piores possíveis. Não demorou muito tempo para outros grandes nomes também abandonarem o programa. Lauren Cohan (Maggie Rhee) saiu logo em seguida e a personagem desde então está em um lugar que ninguém sabe. Danai Gurira (Michonne) também não volta mais. Ao que parece, The Walking Dead vai se acabar igual Once Upon a Time. O elenco principal todo saindo e a série tentando continuar viva usando personagens secundários que ninguém se interessa.

 

Passei a maior parte do tempo tentando reconhecer que novos personagens estavam assumindo as contrapartes da história em quadrinho. Apesar de parecer que vai ser tudo diferente, continuo acreditando que a série vai sempre usar os arcos, porém em personagens diferentes. Inclusive tenho várias teorias...




Nunca mais tinha me emocionado vendo um episódio de The Walking Dead, mas os episódios finais da nona temporada é para destruir. O programa teve um ano bem mediano, melhor que a duas temporadas anteriores, mas nada que supere o arco da Prisão ou do Governador. Quando a décima temporada terminou, a impressão que ficou foi de uma temporada apressada! Exploraram bastante as cenas de ação, deixaram o drama de lado e mergulharam de vez para bem longe da história em quadrinhos.

 

9 - THE 100



Finalmente o final. The 100 optou por uma última temporada com três episódios a mais que o usual e o feito apenas deixou a estória mais arrastada. Sobretudo o episódio final ficou bem ruim, na verdade não está nenhum pouco impactante como esperado para algo que durou 7 temporadas.

 

Foram mais de sete anos assim, de altos e baixos. Eu desisti de acompanhar o programa no mínimo umas três vezes mas sempre voltei. A trama se reinventou inúmeras vezes e foi ao limite do inesperado. Acrescentou de tudo um pouco do gênero ficção científica, porém pecou ao manter sempre os assuntos bélicos no centro da narrativa. Era sempre uma nova guerra, uma grupo rival etc.



Sem tempo para desenvolver os personagens durante os anos seguintes, estes passaram a ser praticamente caricatures se movendo pela ação constante no seriado. As poucas mortes que aconteceram não tiveram muito efeito e foram mais um "finalmente!". A protagonista Clarke ao final foi alçada ao patamar de quase uma divindade e com um instinto maternal de bônus que a deixou mais insuportável que nunca!


Por fim ao fim foi razoavelmente bom enquanto durou.

 

10 - BIG LITTLE LIES


A primeira temporada da série me fez ter praticamente uma overdose de dramas familiares, algo totalmente aceitável depois de assistir todos os episódios de uma vez. A série ficou simplesmente perfeita. A delicadeza com que cada tema foi abordado é incrível. O livro é excelente, e a série não perde em nada.



Infelizmente a HBO decidiu produzir uma continuação e poucas coisas são tão desnecessárias quanto uma segunda temporada de 'Big Little Lies'. A primeira temporada foi um sucesso, recebendo várias indicações em diferentes premiações. Como era esperado, a continuação falhou em manter a essência do livro e da primeira temporada. As atuações continuam boas, devido a ótima equipe de atrizes (Reese Witherspoon, Nicole Kidman, Shailene Woodley, Zoë Kravitz e Laura Dern), e melhora com a adição da Maryl Streep.




O fracasso da continuação está no roteiro. Não havia material suficiente para fazer uma sequência interessante e o segundo ano da série acaba por acrescentar nada ao enredo. Entretanto o final da segunda temporada deixou clara a possibilidade de haver uma terceira temporada. Embora uma terceira temporada nunca tenha sido confirmada, a série ainda não foi cancelada. Espero que não acabe como 13 Reasons Why... Minha sugestão é: assistam a primeira temporada como se fosse uma minissérie (como o programa foi concebido) e aproveitem.

 

 

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